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Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA | Divulgação/ Tesla Motors
Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA| Foto: Divulgação/ Tesla Motors

Beirute – Aproveitando uma frágil e incerta trégua, milhares de civis escaparam do campo de refugiados palestino de Nahr al Bared, no norte do Líbano, levando bandeiras brancas e testemunhos de destruição e morte após três dias de combates entre o Exército e militantes de um grupo radical islâmico.

A fuga em massa do segundo maior campo de refugiados do Líbano, com cerca de 30 mil habitantes, ocorreu durante uma brecha nos confrontos ocorrida no início da noite, após mais um dia de ataques do Exército libanês contra o grupo Fatah al Islam, dissidência palestina obscura e fundamentalista inspirada na rede Al Qaeda.

Horas antes, no início da tarde (manhã em Brasília), um comboio humanitário da ONU foi atingido por disparos durante uma tentativa de cessar-fogo, quando levava comida e água aos refugiados sitiados.

Funcionários da agência da ONU de ajuda aos palestinos contaram que o ataque deixou feridos e mortos entre os civis que se aproximaram do comboio, mas não souberam precisar o número de vítimas.

Quando a calma retornou, pouco após o pôr-do-sol, milhares aproveitaram a chance para fugir. Uma multidão rapidamente ocupou a porta ocidental de Nahr al Bared para ir embora em carros, caminhões e vans, todos lotados. Muitos esticavam as mãos para fora das janelas segurando panos, plásticos, toalhas ou qualquer coisa branca que pudesse evitar um ataque das tropas libanesas que cercavam o campo.

Cheiro da morte

"O odor dos cadáveres está em toda parte. Não há comida, água, eletricidade e eles (o Exército) continuam atirando’’, disse Dania Mahmoud Kassem, 21 anos, estudante universitária que mora no campo, situado nas cercanias da cidade costeira de Trípoli (norte).

A pausa nos ataques não parece ter sido fruto de um cessar-fogo organizado e havia poucos sinais de que a batalha iniciada no domingo estava encerrada. O governo do premiê Fuad Siniora reiterou que está determinado a dar um fim nas atividades do Fatah al Islam. Ele pediu ontem aos EUA US$ 280 milhões para combater a milícia.

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