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Milhares de italianos fizeram passeata em Roma neste sábado em protesto organizado pela maior central de trabalhadores da Itália contra as perspectivas negativas para o emprego e em demanda por mais direitos trabalhistas.

Apesar de alertas feitas pelo ministro do interior esta semana de que extremistas poderiam se infiltrar entre os protestantes para causar distúrbios, a passeata transcorreu sem violência.

"A crise atingiu um certo ponto, mas definitivamente ainda não foi superada", disse Eugenio Borrello do sindicato de metalúrgicos FIOM que organizou os protestos.

"Infelizmente, na Itália apenas os trabalhadores e pensionistas estão pagando pela crise, o governo não está fazendo absolutamente nada."

FIOM, uma facção linha dura da maior central italiana CGIL, está em dura disputa com a Fiat em torno dos esforços da montadora para reformar as práticas trabalhistas em suas plantas e aumentar a eficiência.

Acenando bandeiras vermelhas e cartazes, os protestantes marcharam pelo centro de Roma. Proeminentes centristas e opositores de esquerda participaram da passeata.

Os italianos têm ido às ruas com frequência nos últimos meses protestar contra o desemprego e contra cortes fiscais em áreas como educação enquanto o país se recupera de forma lenta da sua pior recessão desde a Segunda Guerra.

Mas sindicatos divididos e o fato de o país ter atravessado a crise relativamente bem comparado a outras economias europeias tem ajudado a Itália a evitar distúrbios trabalhistas mais graves como os vistos na Grécia.

O desemprego estava em 8,2 por cento em agosto na Itália, abaixo da média de 10,1 por cento da zona do euro. Mas analistas atribuem esse desempenho a um esquema que mantém os trabalhadores na folha de pagamento mesmo depois de terem sido mandados embora e também ao fato de que muitos italianos desistiram de procurar emprego.

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