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Dezenas de milhares de libaneses em luto tomaram as ruas do centro de Beirute nesta quinta-feira para prestar homenagens ao líder cristão assassinado Pierre Gemayel, transformando o funeral do ministro em uma demonstração de força contra a Síria e seus aliados do Hezbollah.

Líderes muçulmanos sunitas, druzos e cristãos acusam a Síria de ter matado Gemayel, membro de uma das famílias maronitas mais importantes do Líbano. Damasco condenou o assassinato.

Multidões carregando bandeiras do Líbano e do Partido Falange, de Gemayel, lotaram a Praça dos Mártires em Beirute antes da cerimônia fúnebre, realizada numa catedral maronita.

Milhares de soldados e policiais foram enviados para as ruas da capital, que está parada. Escolas, lojas, bancos e escritórios do governo ficaram fechados para permitir que as pessoas participem dos atos de luto.

Gemayel, de 34 anos, foi morto a tiros na terça-feira. Foi a sexta personalidade anti-Síria assassinada em menos de dois anos no Líbano, que há décadas é um centro de conflitos regionais e rivalidades.

O país já estava no meio de uma crise política devido às tentativas do Hezbollah, que tem apoio da Síria e do Irã, de diminuir o poder da coalizão de maioria anti-Síria, que o grupo muçulmano xiita considera um fantoche de Washington.

Líderes anti-Síria disseram que Damasco matou Gemayel para tentar sabotar os planos de instalação de um tribunal internacional para julgar suspeitos do assassinato do ex-premier Rafik al-Hariri, em 2005.

Uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assassinato de Hariri envolveu oficiais de segurança da Síria e seus colegas libaneses. A Síria nega participação.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira um pedido do governo libanês para acrescentar a morte de Gemayel na lista de ataques que estão sendo investigados .

Saad, filho de Hariri, o líder druzo Walid Jumblatt e o chefe das Forças Libanesas Cristãs, Samir Geagea, pediram a participação popular nas cerimônias de funeral do filho do ex-presidente Amin Gemayel e sobrinho de Bashir Gemayel, morto em 1982 depois de ser eleito presidente.

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