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Milhares de palestinos fugiram nesta quarta-feira (7) da localidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em razão dos bombardeios de Israel na região.

Um dos moradores de Rafah relatou que aviões israelenses lançaram esta tarde centenas de panfletos nos quais pediam às pessoas que abandonassem suas casas em razão do risco de serem bombardeados.

Após as 20h locais (16h de Brasília), os aviões começaram um bombardeio pesado na região, na altura da "Rota Filadélfia", a fronteira entre Gaza e Egito.

A televisão israelense informou que, após mais de quatro horas, o bombardeio continuava, e seu objetivo era destruir os túneis pelos quais o movimento islâmico Hamas tem contrabandeado armas para seus homens.

Segundo testemunhas, dezenas de famílias deixaram suas casas e pertences e seguiram rumo ao norte do território em busca de refúgio, sem saber se poderão voltar.

Fontes de segurança em Gaza explicaram que os aviões israelenses destruíram 26 casas que consideram como abrigo de entradas de túneis, e que tratores demoliram outras dezenas em toda a região.

Ghazi Hamad, ex-porta-voz do Hamas e residente em Rafah, denunciou que Israel está destruindo casas de civis que não têm ligação com o movimento.

"Os foguetes israelenses estão destruindo casas da população, estão transformando a região em um campo de testes para todos os tipos de mísseis ar-terra", declarou.

Números O número de mortos no 12º dia de ataques de Israel à Faixa de Gaza subiu a 702, com 3.100 feridos, informou nesta quarta-feira (7) Muawiya Hassanein, chefe dos serviços palestinos de emergência. Segundo ele, cerca de um terço das vítimas têm menos de 16 anos.

Do lado israelense, pelo menos nove pessoas morreram.

Nesta quarta-feira (7), Israel cessou durante três horas os bombardeios sobre Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária. Israel disse que essa "trégua temporária" pode ser diária, mas as condições serão avaliadas dia a dia.

Durante a trégua provisória, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, divulgou comunicado dizendo que Israel e os palestinos haviam aceitado as condições para um cessar-fogo imediato. Mas, logo em seguida, israelenses e o Hamas desmentiram, argumentando que as negociações ainda estavam em andamento.

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