• Carregando...
Mulher participa de marcha pela igualdade e contra o racismo, em Paris | REUTERS/Gonzalo Fuentes
Mulher participa de marcha pela igualdade e contra o racismo, em Paris| Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes

Diversas cidades da França, incluindo a capital Paris, são palco neste sábado de uma manifestação nacional contra o racismo para denunciar os recentes ataques à ministra da Justiça, Christiane Taubira, as expulsões de ciganos e a ascensão eleitoral do ultra direitista Frente Nacional (FN).

Os frequentes insultos a Christiane, única ministra francesa negra, estiveram na base da convocação do protesto. A manifestação foi promovida por associações anti-racistas e sindicatos, que querem deixaram claro, segundo a Liga de Direitos Humanos (LDH), que "já são suficientes".

As marchas, iniciadas às 14h30 (horário local) reuniram 25 mil pessoas em Paris e 50 mil nas demais cidades, segundo números divulgados pelos organizadores, e 3,9 mil na capital de acordo com a polícia. O evento contou com o apoio organizações sindicais como a CGT, além dos grupos SOS Racisme e Liga Internacional contra o Racismo e o Antissemitismo (Licra).

"Condenamos o racismo, assim como os atos e as declarações que permitam sua continuidade. Não admitimos que milhões de pessoas tenham sua natureza humana e cidadania negadas, seja em razão de origem, situação social, cultura, religião", afirmaram os organizadores na convocação.

A ministra da Justiça, responsável pela lei que autoriza o casamento homossexual, foi comparada recentemente a um macaco na página do Facebook de uma candidata da FN.

Alguns dias depois e quando os críticos do casamento entre pessoas do mesmo sexo aproveitaram uma visita de Taubira à cidade ocidental de Angers para se manifestar, um grupo de crianças, rodeadas de adultos, jogaram bananas na ministra e gritaram "Macaca, coma a banana".

"Os discursos de ódio se multiplicaram na esfera pública e na imprensa. Favorecidas pelo anonimato, a intolerância e a xenofobia, ocupam maciçamente a internet e as redes sociais. Vamos reagir", disse a Licra em outro apelo a este protesto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]