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Síria

Milhares de sírios participam do funeral de vítimas de atentados em Damasco

Quarenta e quatro pessoas morreram nos atentados de sexta-feira e outras 166 ficaram feridas

Milhares de pessoas participaram neste sábado (24) do funeral realizado pelas 44 vítimas dos atentados cometidos nesta sexta-feira em Damasco, em cerimônia transmitida pela televisão oficial síria.

Outras 166 pessoas ficaram feridas nos dois atentados suicidas com carros-bomba cometidos nesta sexta em frente aos prédios da Segurança e da Inteligência na capital síria.

Os caixões, cobertos cada um pela bandeira síria, foram colocados no interior da mesquita de Al Amaui, na capital. Fora do local, havia uma aglomeração de milhares de pessoas, que gritavam palavras de ordem religiosas.

O clérigo Mohammed Said liderou a cerimônia e, durante seu discurso, culpou os representantes do Conselho Nacional Sírio (CNS) - principal órgão da oposição ao regime - pelos dois atentados de sexta. Ele mencionou o nome do dirigente opositor Borhan Golion.

"Este é o presente que Golion e seus amigos dão à Síria, eles que insistem que a reforma venha nos braços dos inimigos do islã e da humanidade", declarou Said.

Já o ministro de Assuntos Islâmicos sírio, Mohammed Abdul Sattar, afirmou que a Síria "nunca cede perante Estados Unidos e Israel, pois assim aprendeu do islã", e leu uma nota conjunta do clero muçulmano e cristão no país.

"Condenamos a conspiração que a Síria está enfrentando, que continua sendo negada pelos meios de comunicação hostis e pelas forças do mal que estão apoiando-a", destaca o comunicado, no qual as forças religiosas também rejeitam o extremismo.

Nesta sexta-feira, o governo sírio responsabilizou a rede terrorista Al Qaeda pelos ataques e alertou sobre a escalada das operações dos grupos radicais islâmicos.

Já a oposição síria acusou diretamente o regime de Bashar al-Assad de estar por trás dos atentados, no que seria uma tentativa de desviar a atenção dos observadores da Liga Árabe, que chegaram ao país na quinta-feira para comprovar "in loco" se as autoridades estão extinguindo a violência.

Desde que começaram os protestos populares em março passado, mais de 5 mil pessoas já morreram na Síria, segundo os dados mais recentes da ONU.

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