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Militares controlarão instalações da RCTV

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano ordenou na noite de sexta-feira aos militares controlar parte da propriedade da estação RCTV, restando poucas horas para que saia do ar o canal privado mais crítico ao presidente Hugo Chávez.

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Com bandeiras da Venezuela e faixas em apoio ao canal de televisão RCTV, milhares de pessoas fizeram uma passeata pacífica no sábado para mostrar descontentamento com a iminente saída da emissora do ar, depois que o governo do país decidiu não renovar a concessão. Pelas principais avenidas de Caracas, os manifestantes gritaram frases de apoio à RCTV e em defesa da liberdade de expressão. A passeata chegou à sede do canal, onde alguns de seus artistas fizeram breves pronunciamentos.

"Precisamos ter a verdade nas mãos e poder ligar a televisão e saber que podemos ver o que queremos ver", disse Karl Hoffman, ator de telenovelas.

O governo venezuelano, que tem acusado a RCTV de "golpista", decidiu que a concessão da emissora será passada a uma televisão de serviço público, que críticos temem que se converta em um novo meio de propaganda estatal.

Além disso, na sexta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ordenou aos militares para controlar equipamentos de transmissão de propriedade do canal para garantir a continuidade da operação da frequência operada pela RCTV.

Adversários do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, consideram a medida uma retaliação política à dura linha editorial da emissora contra Chávez.

"Isso que está acontecendo é simplesmente uma mutilação da língua de um canal de televisão", disse Gledys Ibarra, popular atriz de telenovelas da maior competidora da RCTV, a Venevisión.

O governo assegurou que desvendou planos de pessoas contrárias ao fechamento da emissora e assegurou que responderá energicamente a qualquer tentativa de alteração da ordem.

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