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Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza | AFP/Gazeta do Povo
Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza| Foto: AFP/Gazeta do Povo

Tegucigalpa – Dezenas de milhares de pessoas, de indígenas a turistas estrangeiros, começaram a fugir ontem de áreas caribenhas da América Central ameaçadas pela aproximação do furacão Félix. Classificado na categoria 4, segundo nível mais alto da escala, o Félix segue rumo a Nicarágua e Honduras com ventos regulares de 230 quilômetros por hora, ameaçando repetir os estragos do Mitch, que matou cerca de 10 mil pessoas em 1998 na América Central. "Estamos diante de uma seríssima ameaça às vidas e às propriedades. A coisa mais importante é que as pessoas prestem atenção ao chamado de fuga do local para que não tenhamos de contar os corpos depois", disse Marco Burgos, chefe da agência hondurenha de Defesa Civil.

Centenas de turistas escaparam rumo ao interior do país, deixando a praia e os resorts de mergulho nas ilhas Bay. A Defesa Civil de Honduras retirou de barco índios miskitos de áreas vulneráveis, enquanto a Nicarágua decidiu retirar milhares de outros indígenas na fronteira, uma região cheia de lagunas e rios infestados de crocodilos.

Félix é o segundo furacão desta temporada. Durante algumas horas, chegou a ser classificado na categoria 5, a exemplo do Dean, no mês passado, que matou 27 pessoas no Caribe e no México. Furacões da categoria 5 podem causar enormes estragos, mas são raros.

Em 2005, porém, houve quatro deles, inclusive o Katrina, despertando suspeitas de que o aquecimento global está favorecendo esses fenômenos.

Ontem, a tempestade tropical Henriette se aproximou pelo Pacífico da península da Baja Califórnia (México), depois de matar seis pessoas no fim de semana no balneário de Acapulco. Ela tem força próxima à de um furacão.

O café fechou em alta ontem no mercado futuro de Londres, devido a compras especulativas induzidas pela possibilidade de o Félix causar dano aos cultivos na América Central. "Além de pedir a Deus que evite uma catástrofe, estamos comprando água, comida e remédio e vedando as janelas", disse Silvia Sierra, moradora da ilha Roatan, na costa hondurenha.

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