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Protesto foi organizado por promotores federais do país | Enrique Marcarian/Reuters
Protesto foi organizado por promotores federais do país| Foto: Enrique Marcarian/Reuters

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Cristina ignora protesto e faz discurso nacionalista

Folhapress

A poucas horas da marcha que reuniu milhares de pessoas no centro de Buenos Aires, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, participou de uma cerimônia que marcou o aumento da produção de energia na usina nuclear de Atucha II, na cidade de Zárate, ao Norte da capital.

Ela não fez nenhuma referência à marcha e afirmou apenas que a Argentina é um país livre, onde se respeitam os direitos humanos e as pessoas que cometem crimes são julgadas e condenadas segundo a lei. "Tenho muito orgulho porque posso ir a qualquer país do mundo, inclusive aos que mantêm prisões clandestinas e aos que lançam mísseis sobre populações civis, e dizer que, na Argentina, nenhum argentino pode ser preso sem que seja por ordem de um juiz."

Milhares de argentinos marcharam pela capital do país nesta quarta-feira (18), pedindo respostas para a misteriosa morte do promotor de Justiça Alberti Nisman, que foi encontrado morto há exatamente um mês.

Manifestantes carregavam bandeiras do país e cartazes onde se lia "Justiça!" e "Verdade!". Blanca Perez, de 81 anos, participou do protesto. Ela afirmou acreditar que Nisman foi assassinado, e que o governo precisa ser responsabilizado. "Se não temos Justiça, não temos liberdade", disse. "O governo perdeu o controle da situação."

O protesto foi organizado por promotores federais, indignados com a forma como o governo da Argentina lidou com a morte do colega que investigava um atentado terrorista ocorrido na década de 1990. Para a administração de Cristina Kirchner, o ato planejado é equivalente a um "golpe institucional".

A marcha, anunciada recentemente, vem num momento em que os argentinos continuam perplexos com as circunstâncias da morte de Nisman, principal investigador do atentado à bomba de 1994 contra um centro comunitário judaico em Buenos Aires, que deixou 85 mortos.

Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, na véspera do dia em que apresentaria ao Congresso um relatório acusando Cristina e comparsas de armarem um complô com o Irã para sabotar a investigação sobre o atentado. O governo argentino nega as acusações e as classifica como "absurdas".

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