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Milhares de manifestantes chineses se reuniram nesta terça-feira (18) em frente à embaixada do Japão em Pequim, que foi cercada por um grande aparato de segurança.

Os chineses protestam desde o início da manhã para reivindicar a soberania chinesa das ilhas Diaoyu (Senkaku, em japonês), que está sendo disputada por Tóquio e Pequim.

Os manifestantes cantam palavras de ordem contra o Japão e arremessam ovos e garrafas na embaixada. Hoje também é o aniversário do incidente de Mukden, que marcou o início da ocupação japonesa do território chinês da Manchúria em 1931 e da segunda guerra entre os dois países.

Este episódio é considerado uma humilhação na China. Muitos manifestantes carregam retratos do antigo líder chinês Mao Tsé-tung, enquanto outros levam cartazes com frases como "Mao, desperta", "As Diaoyu são chinesas", "Protejamos as Diaoyu", "Japão, anões" e "Lembremos o incidente de Wukden".

As ruas ao redor da embaixada foram fechadas para o trânsito. Depois que as manifestações antijaponesas, que transcorrem há sete dias, tornaram-se violentas no fim de semana, a polícia chinesa enviou um grande número de policiais para a embaixada, que está sendo sobrevoada por helicópteros.

Através de alto-falantes, as forças de segurança pedem que os manifestantes mantenham a calma e evitem a violência. Manifestações similares ocorrem em outras cidades do país, como em Xangai e Chengdu.

Muitas empresas japonesas fecharam hoje as portas de suas fábricas ou lojas na China com medo do sentimento antijaponês nas ruas do país.

Há uma semana, Tóquio anunciou a compra de três das ilhotas disputados em Diaoyu e Pequim reagiu enviando dois navios-patrulha para a região. Diante da situação, a imprensa estatal pediu prudência à população na hora de se manifestar, embora não tenha renunciado ao tom nacionalista.

As ilhas em conflito se encontram a 250 quilômetros do litoral da China e a 200 quilômetros do arquipélago japonês de Okinawa, e estima-se que em suas águas possam existir numerosos recursos marítimos e energéticos.

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