A região autônoma de Hong Kong voltou a registrar protestos na manhã deste domingo (24) contra o Partido Comunista da China, após o anúncio de que o país planeja uma nova lei de segurança nacional para a cidade semi-autônoma. Os atos tiveram confronto entre manifestantes e a polícia local. A manifestação desafia as regras de distanciamento social do país.
A polícia usou gás lacrimogêneo, canhões de água e spray de pimenta para dispersar milhares de manifestantes espalhados pelo distrito. Mais de 120 prisões foram feitas até às 17h (horário local), informou a polícia.
As tensões aumentaram na cidade desde que a China sinalizou na última quinta-feira que implementaria unilateralmente leis contra subversão e terrorismo, bem como conluio com forças estrangeiras - a quem Pequim culpa por provocar protestos em massa no ano passado.
Grupos pró-democracia em Hong Kong disseram que a decisão de Pequim de ignorar o governo local e a legislatura violou sua promessa de "um país, dois sistemas", conforme acordado com o Reino Unido quando o território foi devolvido em 1997. Segundo esse acordo, a China prometeu defender até 2047 a autonomia do centro financeiro em questões como direito, liberdade de expressão e reunião das pessoas.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse neste domingo que a medida adotada pelo governo central visa à "minoria minúscula" cujas atividades prejudicam gravemente a segurança nacional. "Isso não afeta o alto grau de autonomia de Hong Kong, não afeta os direitos e liberdades dos residentes de Hong Kong e não afeta os interesses legítimos dos investidores estrangeiros em Hong Kong", afirmou. A líder de Hong Kong, Carrie Lam (pró-Pequim), disse que apoia a nova legislação e que a norma garantiria estabilidade e prosperidade na cidade.
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