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Milhares de trabalhadores egípcios fizeram uma manifestação na praça Tahrir, no Cairo, no domingo (1º), exigindo um aumento no salário mínimo mensal do país, que é de 400 libras egípcias (US$ 67) e outros direitos trabalhistas.

A manifestação não pode ser comparada ao tamanho dos protestos em massa de alguns meses atrás, que levaram à derrubada de Hosni Mubarak da presidência do país. Esses protestos foram, em parte, desencadeados por razões econômicas.

"Salário mínimo de 1.500 libras!" Dizia um dos cartazes erguidos acima da multidão.

Manifestantes disseram que eles também estavam exigindo contratos permanentes para os trabalhadores temporários e que protestavam contra uma nova lei que restringe o direito de fazer greves, protestos e manifestações por parte dos trabalhadores.

"Não podíamos manifestar o nosso apoio aos trabalhadores, sob o domínio de Mubarak. Agora que podemos, é nosso dever fazê-lo", disse o advogado Ramy Ghanem, de 33 anos, membro de um grupo de lobistas, a Frente Nacional pela Democracia e Justiça, que ajudou a organizar o protesto de 1o de Maio.

O governo nomeado depois que Mubarak renunciou, no dia 11 de fevereiro, tem lutado para atender às expectativas dos trabalhadores em tempos de confusão política, que espantou os turistas e investidores estrangeiros, duas das suas principais fontes de receita do Egito.

Muitos egípcios acreditam que o padrão de vida poderia ser reforçado se centenas de bilhões de dólares que teriam sido saqueados por autoridades corruptas e empresários durante o governo de Mubarak fossem retomados.

"Quando a revolução estourou, foi exatamente por razões econômicas", disse Alaa Ibrahim, de 50 anos, um pequeno editor privado.

Apesar disso, analistas financeiros dizem que seria difícil rastrear qualquer dinheiro que tenha sido levado para fora do país.

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