Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
França

Milhares tomam centro de Paris para protestar contra casamento gay

Manisfestação motivada pela aprovação de lei que oficializa união entre pessoas do mesmo sexo teve apoio de grupos que buscam atingir o governo francês

Bandeiras nas cores azul, rosa e branco dominaram a Esplanada dos Inválidos, em manifestação contra casamento gay | Stephane Mahe / Reuters
Bandeiras nas cores azul, rosa e branco dominaram a Esplanada dos Inválidos, em manifestação contra casamento gay (Foto: Stephane Mahe / Reuters)

Milhares de manifestantes contrários ao casamento entre pessoas do mesmo sexo marcharam pelo centro de Paris ontem, quando era comemorado o Dia das Mães francês. Com o apoio do governo, o Parlamentoda França aprovou uma legislação que oficializa uniões entre homossexuais no último dia 18 de maio.

"Último Dia das Mães antes da liquidação", afirmava um cartaz em meio à multidão de manifestantes, muitos dos quais gritavam palavras de ordem contra o governo socialista. Membros da extrema-direita do país, durante o protesto, penduraram cartazes na sede do partido governista, pedindo que o presidente François Hollande renuncie ao cargo que ocupa há mais de um ano.

Os protestos, que começaram como uma campanha fortemente apoiada pela Igreja Católica, tornaram-se um movimento maior, que une políticos da oposição e militantes da extrema-direita descontentes com Hollande. Este foi o terceiro do tipo. Cento e cinquenta mil pessoas participaram, segundo a polícia, e "mais de um milhão", de acordo com os organizadores.

Minoria

Pouco mais da metade dos franceses apoia a lei que permite o casamento e a adoção de crianças por gays e mais de 70% acreditam que os protestos deveriam acabar. Mesmo assim, as manifestações contribuíram para as baixas taxas de popularidade de Hollande.

O movimento espera que a demonstração de força interrompa ou adie outras legislações que permitem a procriação assistida e as mães de aluguel para casais gays, coisas que alguns socialistas buscam aprovar. Nos últimos dias, a tensão aumentou entre o governo socialista e o principal partido de oposição, a UMP, de direita, acusada pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault de ter uma "grande responsabilidade" ao "causar tensão e radicalização".

Principal alvo, o líder da UMP, Jean-François Cope, esteve presente na marcha de ontem. Ele aproveitou a oportunidade para chamar os opositores ao casamento gay a "transformar seu envolvimento nesta questão em compromisso político", unindo-se ao seu partido.

O ministro do Interior francês, Manuel Valls, mobilizou 4.500 policiais para garantir a segurança do protesto.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.