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Bandeiras nas cores azul, rosa e branco dominaram a Esplanada dos Inválidos, em manifestação contra casamento gay | Stephane Mahe / Reuters
Bandeiras nas cores azul, rosa e branco dominaram a Esplanada dos Inválidos, em manifestação contra casamento gay| Foto: Stephane Mahe / Reuters

150 mil pessoas participaram dos protestos de acordo com a polícia de Paris. Os organizadores do evento alegaram que o número de manifestantes contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país reuniu mais de um milhão de indignados.

Crise

Aprovação de Hollande avança um pouco após defesa de casamento gay

A taxa de popularidade do presidente da França, François Hollande, apresentou uma ligeira melhora neste mês em relação a abril, segundo pesquisa divulgada neste domingo. O levantamento, realizado pelo Ifop para o jornal francês Le Journal du Dimanche, mostra que 29% dos entrevistados estavam satisfeitos com Hollande em maio, um aumento de quatro pontos porcentuais em relação ao mês passado.

Por outro lado, a pesquisa indicou que 71% dos franceses continuam insatisfeitos com o desempenho do presidente francês, que está há pouco mais de um ano no cargo. Apesar da modesta melhora, o grau de aprovação de Hollande é o segundo menor desde que ele assumiu como presidente. A pesquisa apontou que avontade dele em aprovar a lei que autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo está por trás do pequeno avanço.

Milhares de manifestantes contrários ao casamento entre pessoas do mesmo sexo marcharam pelo centro de Paris ontem, quando era comemorado o Dia das Mães francês. Com o apoio do governo, o Parlamentoda França aprovou uma legislação que oficializa uniões entre homossexuais no último dia 18 de maio.

"Último Dia das Mães antes da liquidação", afirmava um cartaz em meio à multidão de manifestantes, muitos dos quais gritavam palavras de ordem contra o governo socialista. Membros da extrema-direita do país, durante o protesto, penduraram cartazes na sede do partido governista, pedindo que o presidente François Hollande renuncie ao cargo que ocupa há mais de um ano.

Os protestos, que começaram como uma campanha fortemente apoiada pela Igreja Católica, tornaram-se um movimento maior, que une políticos da oposição e militantes da extrema-direita descontentes com Hollande. Este foi o terceiro do tipo. Cento e cinquenta mil pessoas participaram, segundo a polícia, e "mais de um milhão", de acordo com os organizadores.

Minoria

Pouco mais da metade dos franceses apoia a lei que permite o casamento e a adoção de crianças por gays e mais de 70% acreditam que os protestos deveriam acabar. Mesmo assim, as manifestações contribuíram para as baixas taxas de popularidade de Hollande.

O movimento espera que a demonstração de força interrompa ou adie outras legislações que permitem a procriação assistida e as mães de aluguel para casais gays, coisas que alguns socialistas buscam aprovar. Nos últimos dias, a tensão aumentou entre o governo socialista e o principal partido de oposição, a UMP, de direita, acusada pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault de ter uma "grande responsabilidade" ao "causar tensão e radicalização".

Principal alvo, o líder da UMP, Jean-François Cope, esteve presente na marcha de ontem. Ele aproveitou a oportunidade para chamar os opositores ao casamento gay a "transformar seu envolvimento nesta questão em compromisso político", unindo-se ao seu partido.

O ministro do Interior francês, Manuel Valls, mobilizou 4.500 policiais para garantir a segurança do protesto.

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