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Cortejo percorreu as ruas de Havana, rumo a Santiago. | Pedro Pardo/AFP
Cortejo percorreu as ruas de Havana, rumo a Santiago.| Foto: Pedro Pardo/AFP

Fidel Castro foi enterrado neste domingo após uma semana de homenagens. O homem que governou Cuba por quase 50 anos morreu no dia 25 de novembro aos 90 anos. A urna com as cinzas foi colocada dentro de uma pedra oval com uma placa de mármore verde-escura com a palavra “Fidel” inscrita em alto relevo.

“Não houve discurso, foi muito sóbrio, só as cinzas foram enterradas ante a família, membros do governo e funcionários”, disse uma das convidadas estrangeiras.

Ao grito de “Eu sou Fidel”, milhões de cubanos prestaram homenagem ao seu líder em praças e ruas ou nos acostamentos das estradas por onde passou a caravana com as cinzas, que percorreu a ilha de Havana a Santiago.

Rituais

Fidel Castro não deixou nada ao acaso antes de morrer, e para seu enterro escolheu um cemitério em Santiago de Cuba onde foram enterrados vários heróis da independência e da revolução, como José Martí e Frank País.

Construído em 1868 no norte desta cidade portuária, viveiro da revolução liderada por Fidel Castro, o cemitério Santa Ifigenia foi declarado monumento nacional em 1979.

As cinzas foram enterradas ao lado do mausoléu de José Martí, considerado por Castro “o autor intelectual” da Revolução cubana de 1959. Morto em combate em 1895, com apenas 42 anos, foi um dos principais heróis da segunda guerra de independência.

Poeta, jornalista, ensaísta e político, Martí conheceu profundamente a América Latina (foi cônsul em Argentina, Paraguai e Uruguai) e também Estados Unidos (onde viveu 15 anos no exílio).

A cidade de Santiago de Cuba também carrega muito simbolismo para Fidel Castro. Chamada de “berço da revolução”, foi ali que iniciou a campanha com a qual conseguiu tirar Fulgêncio Batista do poder.

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