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O Movimento pela Emancipação do Delta do Níger (MEDN) assumiu o ataque de quinta-feira a um terminal de exportação de petróleo da Nigéria, que resultou no sequestro de quatro funcionários estrangeiros.

O MEDN, que realiza uma série de ataques e em fevereiro paralisou 20 por cento da produção nacional de petróleo, ameaçou realizar mais atentados nos próximos dias.

A ameaça ocorre seis dias antes de uma reunião de ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em Abuja. Coincide também com um momento turbulento na política nigeriana, pois os partidos estão selecionando seus candidatos para as eleições de abril.

``Os próximos dias irão testemunhar mais ataques contra alvos da indústria petrolífera. Não aceitaremos conversar sobre a libertação dos reféns capturados. Eles serão trocados por pelo menos uma parte das nossas exigências'', disse um porta-voz do grupo em email à imprensa na noite de quinta-feira.

O MEDN é um grupo sem lideranças conhecidas, surgido no começo de 2006. Seus ataques sofisticados e sequestros nos meses de janeiro e fevereiro obrigaram o país, oitavo maior exportador de petróleo do mundo, a deixar de produzir 500 mil barris por dia.

Desde então, o grupo faz várias ameaças de suspender totalmente a produção nigeriana de petróleo e de atacar governadores da região do delta do Níger, o que não aconteceu.

No email, o grupo exigiu a libertação de dois líderes do delta que estão presos e indenizações das empresas aos moradores por vazamentos de combustível. Essas exigências já haviam sido apresentadas no passado.

O MEDN também pediu que o governo nigeriano ceda controle sobre o petróleo do delta às comunidades locais e indenize a população da região por ``50 anos de escravidão e roubo'' desde que o petróleo começou a ser explorado na foz do Níger.

Na madrugada de quinta-feira, homens armados e mascarados usaram sete lanchas para atacar o terminal de exportação de Brass, operado pela italiana Agip no remoto Estado de Bayelsa, no delta. Três italianos e um libanês foram sequestrados.

As autoridades disseram que os soldados que vigiavam o terminal repeliram o ataque, mas que um jovem foi morto por uma bala perdida.

A ENI, empresa que controla a Agip, disse que a operação do terminal de Brass, que exporta cerca de 200 mil barris por dia, não foi afetada.

O MEDN forneceu outra versão para o incidente, dizendo que seus militantes haviam destruído o terminal de exportação depois de os soldados que faziam a vigilância terem fugido sem disparar um só tiro.

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