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Dezenas de militantes feministas iranianas foram detidas e interrogadas na manhã deste domingo diante do tribunal revolucionário de Teerã, onde são julgadas outras militantes, informou a agência Isna.

"Minhas clientes e outras mulheres que haviam se reunido diante do tribunal revolucionário de Teerã foram interrogadas", declarou o advogado Nasrin Sotoudeh, citado pela Isna.

As prisões também foram confirmadas por outro advogado, Mohammad Ali Dadkhah, citado pela agência.

Segundo informações não confirmadas, entre 25 e 40 mulheres teriam sido detidas. Fontes não oficiais falaram de cerca de 30 mulheres, entre elas muitas que seriam militantes famosas.

Elas se reuniram em frente ao tribunal revolucionário para apoiar outras militantes que estavam sendo julgadas por terem participado de uma manifestação de apoio aos direitos das mulheres no dia 12 de junho de 2006.

Na época, 70 pessoas, entre elas 42 mulheres foram interrogadas pela polícia iraniana, que dispersou a manifestação com violência.

Noushine Ahmadi Khorasani, Parvin Ardalan, Shahla Entessari, Sussan Tahmassebi e Fariba Davoudi Mohajer foram convocadas na manhã deste domingo ao tribunal revolucionário de Teerã por terem organizado a manifestação "não autorizada" de junho de 2006.

No fim de janeiro, três feministas iranianas foram presas quando se preparavam para deixar o país rumo à Índia, onde participariam de uma reunião. A advogada e Prêmio Nobel da Paz Shirin Ebadi disse que elas seriam julgadas por atentarem contra a segurança de seu país.

Ebadi e as militantes feministas protestam regularmente contra leis que discriminam a mulher no Irã.

O testemunho de uma mulher diante da justiça vale, por exemplo, apenas a metade daquele de um homem.

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