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Militantes somalis do grupo al-Shabaab mataram ao menos 36 trabalhadores não muçulmanos em uma pedreira no Nordeste do Quênia nesta terça-feira (2), decapitando ao menos quatro deles, na mesma área em que sequestraram um ônibus e mataram 28 passageiros há pouco mais de uma semana. O ataque eleva ainda mais as preocupações com segurança em regiões de fronteira com a Somália após uma onda de ataques.

Homens armados atacaram dezenas de trabalhadores enquanto dormiam em barracas no entorno da pedreira por volta de 1h da manhã (horário local), disse à agência Reuters um ancião do vilarejo de Korome, perto do local do ataque, nas proximidades com a fronteira somali. Em resposta à violência, o presidente Uhuru Kenyatta convocou autoridades de segurança de alto nível para uma reunião.

"A milícia separou os muçulmanos, depois mandou os não muçulmanos deitarem e atirou na cabeça deles à queima-roupa", relatou Hassan Duba.

Uma testemunha disse que a maioria das vítimas levou tiros na cabeça e ao menos quatro foram decapitadas, segundo a BBC. Ela contou 36 corpos na pedreira, localizada a cerca de 15 quilômetros da cidade de Mandera. Três pessoas teriam escapado para Mandera.

O governo do Quênia confirmou que 36 pessoas foram mortas e citou sobreviventes dizendo que cerca de 20 agressores participaram do ataque. Uma pessoa morreu em outro ataque na cidade de Wajir, no Norte, na noite de segunda-feira (1º), de acordo com o governo.

A al-Shabab reivindicou a autoria do ataque e culpou o envolvimento de forças quenianas na Somália "e suas atrocidades, como os recentes ataques aéreos contra os muçulmanos". O grupo colocou o número de mortos em 40, maior do que as contas oficiais.

O ataque a um ônibus em 23 de novembro aconteceu nos arredores de Mandera. Nesse ataque, militantes mandaram os não muçulmanos descerem do veículo e atiraram, poupando os muçulmanos.

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