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Ativista pró-Rússia participa de manifestação em Donetsk, no leste da Ucrânia | Baz Ratner/Reuters
Ativista pró-Rússia participa de manifestação em Donetsk, no leste da Ucrânia| Foto: Baz Ratner/Reuters

Preocupa

A França fez alerta ontem ligado à situação na Ucrânia. "A situação é muito preocupante", disse o ministro de Relações Exteriores, Laurent Fabius, em entrevista a uma emissora francesa. "Não é uma questão de travar guerra contra Rússia, isso não faz sentido. Devemos apelar para uma moderação, em particular para os russos e os pró-Rússia na Ucrânia", afirmou. Fabius pediu ainda que as tropas russas recuem.

24 mortos e 50 feridos em bombardeios dos rebeldes contra vários bairros de Aleppo controlados pelo regime de Bashar Assad, na Síria, foram confirmados ontem pela agência estatal de notícia Sana. Pelo menos 15 projéteis caíram em quatro bairros distintos. A Sana negou que os rebeldes tenham dominado vários mercados da parte histórica de Aleppo. Ataques foram confirmados pelo Observatório dos Direitos Humanos.

Pelo menos um dos oito observadores da Organização para Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) que eram mantidos prisioneiros por militantes pró-Rússia no leste da Ucrânia foi libertado ontem. Um fotógrafo da Associated Press afirmou tê-lo visto entrar em um carro com representantes da OSCE.

Mais cedo, os oito haviam sido mostrados em público pela primeira vez desde que foram detidos pelo movimento insurgente na sexta-feira e acusados de espionagem para Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os militantes pró-Rússia garantiram que eles não sofreram maus-tratos.

O alemão Axel Schneider, que falou pelo grupo de observadores, negou que estivessem fazendo espionagem para Otan. Além dos representantes da OSCE, rebeldes simpatizantes da Rússia capturaram ontem três oficiais de segurança ucranianos, que também foram exibidos à imprensa. Os ucranianos estavam ensanguentados e tinham os olhos vendados com fita adesiva.

O movimento insurgente que age em Slovyansk tem recorrido cada vez mais à tomada de reféns para consolidar seu controle no leste da Ucrânia. Nas últimas semanas, Kiev tem enfrentado grupos separatistas no leste ucraniano, que começaram a se mobilizar após a península da Crimeia ter decidido, em referendo ocorrido no mês passado, abandonar a Ucrânia e voltar a fazer parte da Rússia.

Exibição de reféns foi "repulsiva"

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse ontem que a exibição dos observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) à imprensa foi repulsiva e pediu que a Rússia exerça sua influência para que os separatistas do leste da Ucrânia libertem os reféns.

"A exibição pública desses inspetores da OSCE e dos militares ucranianos como prisioneiros é repulsiva e viola ao extremo a dignidade das pessoas envolvidas", afirmou Steinmeier por meio de comunicado. "E o dever da Rússia exercer sua influência sobre os separatistas para que os membros da missão da OSCE sejam libertados o quanto antes."

O grupo é formado por oito pessoas, incluindo observadores militares da Alemanha, Suécia, Polônia, Dinamarca e República Checa, bem como membros do exército da Ucrânia, que acompanhavam a missão. Eles foram feitos reféns na sexta-feira em posto de controle na cidade de Slovyansk, atualmente controlada pelos rebeldes pró-Rússia. Um dos inspetoras, um soldado sueco, foi libertado ontem por razões médicas.

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