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O Irã pretende testar mísseis S-300 terra-ar fabricados pelo próprio país, após a Rússia recuar de um acordo para fornecer as armas, informou hoje um alto comandante militar. "Em muito breve nós testaremos mísseis de defesa aérea de longo alcance, incluindo S-300 iranianos", disse o general Mohammad Hassan Mansourian à agência de notícias estatal IRNA. Em setembro, o presidente russo, Dmitri Medvedev, firmou um decreto cancelando as entregas de mísseis S-300 e outras armas para o Irã.

A Rússia foi bastante pressionada pelos Estados Unidos e por Israel para não avançar na transação. As armas eram vistas como um fator a complicar qualquer ação militar contra o Irã por causa do controverso programa nuclear do país. Israel e EUA não descartam a opção militar contra Teerã. Os dois países temem que os iranianos estejam buscando secretamente armas nucleares, mas o regime iraniano garante ter apenas fins pacíficos.

Mansourian criticou a Rússia por sucumbir à pressão do "regime americano e sionista". Segundo ele, Moscou usou uma resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como "um pretexto" para não realizar a venda. A resolução 1929 do Conselho de Segurança (CS) do órgão, adotada em 9 de junho, estabeleceu uma quarta rodada de sanções ao Irã por seu programa nuclear.

Apesar disso, a Rússia é um aliado próximo do Irã e construiu a primeira usina nuclear do país, em Bushehr, no sul iraniano. Moscou promete reembolsar o Irã pela parte já adiantada no acordo dos mísseis. O contrato total era estimado em US$ 800 milhões. As informações são da Dow Jones.

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