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Oito militares americanos foram indiciados pela morte, em abril deste ano, de um civil iraquiano na cidade de Hamdania, no Iraque, afirmou nesta quarta-feira um prota-voz do Exército dos Estados Unidos durante uma entrevista coletiva na base militar de Camp Pendleton, na Califórnia.

Lawrence G. Hutchins III, Trent D. Thomas, Melson J. Bacos, Tyler A. Jackson, John Jodka, Jerry E. Shumate Jr., Robert B. Pennington e Marshall L. Magincalda são acusados de homicídio, seqüestro, conspiração, falso testemunho, furto e obstrução da Justiça.

Segundo o coronel Stewart Navarre, os oito são acusados de matar, com um tiro no rosto, Hasham Ibrahim Awad, um iraquiano de 54 anos que lutou na Guerra do Iraque na década de 1980. Depois do assassinato, os militares teriam colocado um rifle e uma pá junto ao corpo para simular que Awad era um insurgente que estava colocando uma bomba em uma estrada.

Hashim Ibrahim Awad Al Zobaie, conhecido na aldeia como "Hashim, o Manco" por ter sofrido há alguns anos uma cirurgia para inserir uma barra de metal em uma das pernas.

Os oito militares estão detidos na base militar de Camp Pendleton, na Califórnia, desde o dia 7 de maio, quando tiveram início as investigações. Os suspeitos foram inicialmente mantidos sob vigilância máxima - acorrentados sempre que saíam das celas. Na semana passada, as condições teriam sido atenuadas. Todos podem ser condenados à morte.

Joseph Casas, advogado soldado John Jodka, disse que seu cliente é inocente e que os investigadores usaram métodos inadequados para obter declarações de soldados no caso. Segundo ele, as declarações não foram "confissões" e devem ser revertidas no julgamento.

- Posso dizer, a respeito do meu cliente, que ele foi submetido a pelo menos três interrogatórios, um dos quais durante cerca de oito horas, sem comida, água, pausas para banheiro, o que for - disse o advogado. - A forma pela qual eles obtiveram essas declarações é algo que estará sob a nossa lupa durante o julgamento - afirmou Casas.

Jane Siegel, que também representa Jodka, disse que os interrogadores usaram táticas "de força" e ameaças de prisão perpétua para obterem declarações dos oito suspeitos. Os militares disseram em nota no mês passado que "iraquianos locais" levaram o incidente ao conhecimento dos líderes dos fuzileiros em uma reunião no dia 1º de maio.

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