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Bangcoc – O general reformado tailandês Surayud Chulanot assumiu o cargo de primeiro-ministro ontem, depois de ser nomeado pelos militares golpistas no dia 19 de setembro. O poder do primeiro-ministro foi reforçado por uma Constituição interina aprovada pelo rei Bhumibol Adulyadej. A nomeação de Chulanont aconteceu 12 dias depois de tropas golpistas terem deposto o primeiro-ministro eleito, Thaksin Shinawatra.

O general Surayud, de 63 anos, ex-comandante-em-chefe do Exército e até agora conselheiro do monarca, prestou juramento numa cerimônia transmitida diretamente pela tevê, depois de receber a aprovação do rei. Surayud se torna assim oficialmente o 24.º primeiro-ministro tailandês desde a abolição da monarquia absoluta, em 1932.

O rei Bhumibol aprovou no domingo uma Constituição interina que aumenta o poder dos golpistas até as eleições do final de 2007. A Constituição provisória servirá de marco legal para o novo governo, e também para os golpistas, que afirmam que vigiarão de perto todos os assuntos do país até o restabelecimento da democracia dentro de um ano.

A junta consolidou seu papel na criação de um Conselho para a Segurança Nacional (CNS), cujo chefe, general Sonthi, terá poder para destituir o primeiro-ministro.

Os autores do golpe também designarão os 250 membros de um parlamento unicameral e aprovarão a composição de uma "Assembléia Popular" de 2.000 pessoas. Esta Assembléia elegerá os 25 representantes que, junto com dez especialistas jurídicos nomeados pela junta, redigirão a Constituição permanente até 2007. Os partidos políticos não poderão participar da redação da mesma.

O artigo 37 da Constituição interina concede uma anistia aos membros da junta e a seus colaboradores, que não poderão ser perseguidos pelo golpe de Estado de 19 de setembro.

Segundo os golpistas, quatro pessoas próximas a Thaksin detidas no dia seguinte ao golpe foram libertadas. Opositores de Thaksin foram nomeados para investigar os casos de corrupção relacionados ao ex-primeiro-ministro. Ontem, descobriu-se que as novas autoridades bloquearam o site de uma universidade onde intelectuais debatiam a restrição das liberdades civis.

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