Militares tomam primeiro porto controlado pela oposição a Chávez

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A Guarda Nacional iniciou nesta segunda-feira (16) a tomada de portos e aeroportos controlados pela oposição na Venezuela. Seguindo ordem dada pelo presidente Hugo Chávez, no domingo (15), as forças de segurança tomaram as entradas e saídas do porto de Puerto Cabello e iniciaram a vigilância interna, incluindo os pátios das operadoras comerciais, de acordo com o jornal "Universal". Não houve resistência e os funcionários estão trabalhando normalmente. Os portos e aeroportos que são alvos de Chávez estão localizados em estados nas mãos de governos da oposição.

O anúncio de domingo foi feito alguns dias depois de o Congresso ter aprovado a Lei de Descentralização, que permite que o governo central assuma estradas, portos e aeroportos que considere de interesse nacional.

Tendo como base a lei, Chávez ordenou a tomada dos portos de Maracaibo e Puerto Cabello, situados nos estados de Zulia e Carabobo, em cumprimento às reformas da nova lei.

O estado de Zulia é governador pelo opositor Pablo Pérez, do partido Un Nuevo Tiempo (UNT), enquanto que à frente do estado de Carabobo está Enrique Salas, do partido de oposição Proyecto Venezuela. Após a aprovação das reformas, os dois governantes declararam que tentariam defender as atribuições que até o momento tinham sobre essas instalações portuárias.

"O que passa na cabeça desses governadores? Será que acreditam que vão fazer algo como o desmembramento do país? Fiquem em seu posto", disse Chávez em seu programa dominical, "Alô Presidente!". "Aqui estão as leis e que essas sejam cumpridas, mesmo que vocês reclamem, se joguem no chão, vão à OEA (Organização dos Estados Americanos) ou à Casa Branca para pedir ajuda!", acrescentou.

Desde as eleições regionais de novembro, quando a oposição venceu em cinco Estados importantes e no município de Caracas, Chávez iniciou esforços para aumentar a centralização do poder no país. Seguidores de Chávez chegaram a ocupar prédios e fazer manobras políticas para tentar impedir que os opositores assumissem os postos conquistados nas eleições.