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Rodolfo Alfaro lê carta enviada pelo irmão de dentro da mina: ansiedade | Luis Hidalgo/Reuters
Rodolfo Alfaro lê carta enviada pelo irmão de dentro da mina: ansiedade| Foto: Luis Hidalgo/Reuters

Santiago e Copiapó - Os trabalhos de resgate dos 33 mineiros presos há quase 50 dias no Chile poderiam ser concluídos já em outubro por causa do avanço mais rápido em uma das perfurações, disseram autoridades e especialistas. O maior otimismo em relação à operação de resgate dos operários, presos a cerca de 700 metros de profundidade na região norte do país, surgiu depois que uma máquina usada na extração de petróleo conseguiu perfurar, na segunda-feira, cerca de 23 metros em apenas quatro horas.

O serviço foi interrompido para o reforço do trajeto antes de dar prosseguimento à perfuração.

"Quando perfurarmos os primeiros 200 metros aí estarei em condições de dizer mais ou menos o tempo estimado, "disse Juan Carlos Marin, funcionário argentino da empresa responsável pelas perfurações.

O governo, que originalmente estimava a conclusão do resgate em dezembro, está "esperançoso" de que os trabalhos sejam concluídos antes do previsto, disse o presidente chileno, Sebastián Piñera.

Considerada uma das operações de resgate subterrâneo mais complexas já realizadas, foram cavados sucessivamente buracos mais largos, usando três perfuradoras para alcançar os mineiros.

Já André Sougarret, chefe da equipe de resgate que trabalha para retirar os 33 mineiros presos na mina San José, assegurou que todos os indicadores técnicos mostram que eles serão retirados no início de novembro. Porém, o engenheiro Miguel Fortt Zanoni, que assessora o processo, disse que embora não se possa fazer previsões lineares sobre o avanço de uma perfuratriz – pois pode haver problemas mecânicos e de manutenção preventiva, além de fissuras na pedra que impeçam o avanço – acredita "que pode ser antes" de novembro e os homens podem ser retirados na terceira semana de outubro.

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