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| Foto: Antônio Costa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Um minerador morreu e outros nove ficaram feridos nesta terça-feira (18) quando trabalhadores de cooperativas privadas lançaram bombas em La Paz contra a sede sindical de um grupo com o qual disputam o controle de uma mina desapropriada, informou o governo boliviano. O mineiro Héctor Choque morreu após ficar várias horas em estado de coma, e dois operários sofreram ferimentos graves, mas suas vidas não correm risco, disse em entrevista coletiva o vice-ministro de Regime Interior, Jorge Pérez.

Uma das bombas jogadas pelos cooperativistas explodiu perto de Choque, atingindo seu fígado e um de seus pulmões e provocando sua morte. "Infelizmente perdemos a vida de um irmão, resultado de um confronto, da dureza, intransigência, das posturas polarizadas dos mesmos irmãos trabalhadores mineiros de Colquiri, tanto assalariados como cooperativistas", disse Pérez.

O ataque aconteceu durante uma manifestação no centro de La Paz dos trabalhadores das cooperativas que, segundo o governo, contou com 17 mil pessoas que chegaram à capital boliviana. Os mineiros das cooperativas reivindicam ao governo do presidente Evo Morales que cumpra o decreto que ordena a transferência de uma rica exploração de Colquiri - que era concedida à Glencore e foi desapropriada em junho. No entanto, essa proposta é rejeitada pelos mineradores estatais.

A briga paralisou há vários dias a produção desse centro mineiro, rico em estanho e zinco, que está ocupado pelos sindicatos estatais para impedir a entrada dos rivais. Ambos são setores simpatizantes do presidente Morales, que hoje criticou a briga, afirmando que os dois grupos só pensam em seus interesses e não no desenvolvimento do país.

A casa sindical atacada fica na avenida principal de La Paz, onde várias lojas foram atingidas pelas explosões e policiais tiveram que lançar gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. O vice-ministro Pérez convocou os dois grupos de mineradores a "deixar as atitudes extremistas" e começar nesta quarta-feira um diálogo com o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, para solucionar o problema de forma pacífica.

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