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O Ministério da Defesa de Israel aprovou a construção de 695 casas em assentamentos judaicos na Cisjordânia, entre elas 195 que já haviam sido erguidas na colônia de Shiloh.

A autorização foi expedida pela Administração Civil na Judeia, Samaria e Gaza, um órgão vinculado ao Ministério da Defesa de Israel, informa nesta quarta-feira (22) a edição eletrônica do jornal Yedioth Ahronoth.

A decisão buscava legalizar a construção de quase 200 imóveis no bairro de Shvut Rachel, no assentamento de Shiloh, que já tinham sido construídos, mas que não contavam com as permissões necessárias das autoridades.

O movimento Paz Agora havia recorrido ao Tribunal Supremo para que condenasse as construções, mas ao solicitar a medida obteve a resposta de que já haviam sido autorizadas.

"Sem eles (Paz Agora) não teríamos obtido a aprovação das casas", disse um dos colonos ao jornal ao falar sobre o resultado contraditório da reivindicação do grupo.

As demais casas serão construídas em outros assentamentos do conselho de Biniamin, no distrito palestino de Ramala.

Os assentamentos são o principal obstáculo às negociações de paz na região, interrompidas desde setembro de 2010 pela construção em áreas que Israel ocupou em 1967.

Em janeiro, palestinos e israelenses tentaram reativar o diálogo, mas voltaram a suspendê-lo pela reivindicação do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de que antes Israel deve cessar a colonização em toda Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Em comunicado de condenação, o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, classificou a decisão israelense como "deplorável" e disse que a medida "nos afasta ainda mais do objetivo de dois Estados".

Também lembra a postura exposta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante sua recente visita à região, quando afirmou que "a atividade nos assentamentos é ilegal" e "contrária às obrigações de Israel no plano de paz", no qual se determinam as condições fundamentais de um processo negociador entre as partes.

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