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Japão e China esperam preparar o cenário para uma visita do premiê chinês, Wen Jiabao, nas negociações que começam nesta quinta-feira em Tóquio, mas a rivalidade regional e a fricção por causa das guerras do passado ofuscam o ambiente.

O ministro do Exterior chinês, Li Zhaoxing, chegou a Tóquio para encontros com líderes japoneses, quatro meses depois que o primeiro-ministro Shinzo Abe participou de uma cúpula de reaproximação em Pequim e dias depois de os dois países ajudaram a formar um acordo para acabar com o programa de armas nucleares da Coréia do Norte.

``A principal agenda será provavelmente preparar a visita do premiê Wen Jiabao ao Japão em abril'', disse em entrevista coletiva Yasuhisa Shiozaki, secretário de gabinete do governo japonês.

``Há vários temas, mas concordamos durante a visita do primeiro-ministro Abe à China, em outubro, em construir um relacionamento benéfico para ambos os lados com base em interesses estratégicos comuns.''

Li deverá conversar com Abe por telefone e reunir-se com o ministro do Exterior Taro Aso na sexta-feira, depois de encontrar um parceiro de coalizão de Abe, nesta quinta-feira.

O relacionamento entre os países piorou depois que o antecessor de Abe, Junichiro Koizumi, visitou o Templo Yasukuni, em Tóquio, considerado por Pequim com o símbolo do passado militarista do Japão, porque líderes da Segunda Guerra Mundial condenados como criminosos de guerra são homenageados no local, ao lado dos milhões de mortos.

A visita de Wen, que deverá acontecer em abril, será a primeira viagem de um líder chinês desde que o premiê Zhu Rongji foi ao Japão, em outubro de 2000, antes da eleição de Koizumi.

``Em geral, acho que (Li) quer estabelecer a melhor maneira de maximizar os frutos da visita de Wen'', disse Liu Jiangyong, especialistas em Japão na Universidade Tsinghua, em Pequim.

Abe, que já foi conhecido pela posição dura em relação à China, vem tentando melhorar o relacionamento desde que chegou ao poder, em setembro, principalmente ao deixar de afirmar se visitará Yasukuni. Ele foi ao templo antes de assumir o cargo.

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