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O ministro das finanças português disse em entrevista a um jornal no domingo não saber que outras medidas de austeridade fiscal podem ser implementadas se o mercado permanecer cético a respeito da capacidade do país de reduzir seu déficit.

O governo socialista incluiu cortes fiscais profundos e aumento de impostos no orçamento de 2011 apresentado na semana passada, mas as mudanças precisam ser aprovadas no Parlamento, onde os socialistas são minoria.

O ministro Fernando Teixeira dos Santos disse numa outra entrevista à SIC TV que Portugal que terá de pedir um resgate à União Européia e ao Fundo Monetário Internacional se o orçamento não for aprovado.

O jornal Publico perguntou a ele se as medidas de austeridade no orçamento seriam as últimas, a que ele respondeu: "Não vejo muito por onde ir se os mercados nos exigirem mais."

"Espero e estou confiante que (as medidas) terão impacto já", disse ele. "Mas de fato nós temos que ver o que está a acontecer. Há quase uma insaciabilidade dos mercados a medidas de austeridade desta natureza."

Portugal anunciou cortes nos gastos em maio, mas está sob pressão dos mercados e de Bruxelas para fazer mais.

No mês passado, os prêmios de risco sobre seus títulos de dívida atingiram os maiores níveis desde que a moeda única europeia foi adotada por causa de preocupações em relação à capacidade do país de reduzir seu déficit. O governo está tentando reduzir o déficit a 4,6 por cento do PIB dos 7,3 por cento do PIB previstos para 2010.

Teixeira dos Santos disse que a maior preocupação dos mercados é que as medidas de cortes do orçamento não sejam aprovadas pelo parlamento.

Os social-democratas, da oposição, são contra os aumentos de impostos e até agora não se manifestaram se vão ou não apoiar o projeto. Eles devem anunciar sua posição após uma reunião na terça-feira.

Se o orçamento não for aprovado, o país pode entrar em paralisia política e os prêmios de risco de Portugal podem disparar.

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