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Brasília - Há déficit de democracia e desenvolvimento na ordem mundial, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em seu discurso durante a 14.ª reunião da Cúpula do Movimento dos Não-Alinhados. Como exemplo da falta de democracia, ele citou a atual formação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e voltou a defender sua reforma.

Conseguir uma vaga permanente no Conselho é um dos objetivos centrais da política externa brasileira. Para Amorim, a reforma do Conselho tornou-se ainda mais urgente depois que "respostas inadequadas" no campo da paz e da segurança foram adotadas fora dos limites da ONU. Citou como exemplo o "uso desproporcional da força" de Israel no Líbano e a situação na Palestina.

Segundo Amorim, a construção da paz no Haiti dentro do mandato da ONU tornou-se um teste para o sistema. O ministro afirmou que o Brasil continua defendendo firmemente as linhas do movimento dos não-alinhados, como a não interferência em assuntos internos dos países e a busca de acordos pacíficos para as disputas. "Em particular, condenamos qualquer forma de ação unilateral, como embargos e sanções, além do uso de força não autorizada pelo Conselho de Segurança." O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a linha de "não-indiferença", ao adotar iniciativas como a Ação Internacional contra a Fome e a Pobreza.

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