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O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, afirmou ontem à noite que o país prendeu nas últimas semanas 58 estrangeiros suspeitos de incitar a violência nos protestos contra o governo que ocorrem no país desde o mês de fevereiro.

Rodríguez disse haver um "plano" para desestabilizar o governo do presidente Nicolás Maduro, que estaria sendo arquitetado pela oposição do país junto a estrangeiros, entre eles o ex-presidente e senador colombiano Álvaro Uribe e políticos dos EUA.

Hoje pela manhã, Uribe rebateu as acusações. "Não estou por trás dos protestos na Venezuela. Estou de frente contra a ditadura castro-chavista, que é sócia dos terroristas das Farc", afirmou.

Não é a primeira vez que Caracas acusa Uribe de colaborar para um golpe no país. Quando presidente da Colômbia, entre 2002 e 2010, o político se destacou como desafeto de Hugo Chávez (1954-2013) e estreitou os laços de seu país com Washington.

Americano preso

O ministro do Interior informou que entre os 58 estrangeiros detidos há vários colombianos, um americano, um espanhol e um árabe.

O americano, identificado como Todd Michael Leininger, teria sido preso portando duas pistolas, dois rifles, uniformes militares e seu passaporte em San Cristóbal, uma das cidades mais atingidas pelas manifestações.

A congressista americana Ileana Ros-Lehtinen, acusada por Caracas de, junto com seu marido, planejar ações golpistas na Venezuela, também respondeu hoje às acusações de Rodríguez.

"Essas controvérsias paranoicas e acusações lançadas pelo regime venezuelano contra os EUA, e agora contra meu marido, não são verdade. Contudo não é surpreendente que Maduro, como [Fidel] Castro, continue tratando de culpar os EUA por suas próprias falhas", afirmou, em comunicado.

Ros-Lehtinen, cubana-americana que representa a Flórida no Congresso pelo Partido Republicano, é casada com Dexter Lehtinen, ex-congressista.

Desde o início dos protestos, em fevereiro, 41 pessoas morreram e 800 ficaram feridas, segundo dados oficiais.

Os manifestantes da oposição negam as acusações, dizendo que os protestos nasceram da frustração dos venezuelanos com a alta inflação, a criminalidade desenfreada e a escassez de produtos básicos no país.

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