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 | KHALED DESOUKI/AFP
| Foto: KHALED DESOUKI/AFP

O ministro da Avião Civil do Egito, Sherif Fathi, afirmou nesta quinta (19) ser “mais forte” a possibilidade de que um ataque terrorista tenha causado a queda do avião da EgyptAir do que um acidente aéreo.

Fathi, que fez a declaração após ser questionado por um jornalista durante uma coletiva, disse não querer tirar conclusões antecipadas, mas que análise preliminar aponta para o terrorismo como causa mais possível.

O avião, com 66 pessoas a bordo (56 passageiros e 10 tripulantes), caiu no mar Mediterrâneo durante um voo entre Paris e Cairo.

Previamente, o presidente da França, François Hollande, havia confirmado a queda do voo, afirmando que nenhuma hipótese poderia ser descartada, incluindo um acidente ou um ato terrorista.

“Quando soubermos a verdade, precisaremos tirar todas as conclusões”, afirmou, no Palácio do Eliseu, em Paris. “Nesse momento, devemos priorizar a solidariedade em relação às famílias.”

Segundo Fathi, as buscas pelos destroços do avião na região das ilhas gregas de Karpathos estão sendo expandidas. Além do Egito, Grécia e França participam das operações de busca.

Uma fragata grega encontrou dois grandes objetos de plástico a mais de 300 quilômetros da ilha de Creta, próximo ao local em que o avião desapareceu. Investigadores avaliam que os objetos são parte da aeronave.

De acordo com o ministro da Defesa da Grécia, Panos Kammenos, o avião fez movimentos bruscos e teve perde repentina de altitude pouco antes de desaparecer dos radares, logo depois de ter entrado entre 16 e 24 km dentro da área de controle aéreo sob responsabilidade egípcia.

“Ele virou 90 graus para a esquerda, então 360 graus para a direita, caiu de 11.582 para 4.572 metros de altitude, antes de desaparecer a 3.048”, disse.

Segundo as autoridades civis gregas, tudo parecia bem com o voo até o momento que os controladores de voo passaram a responsabilidade para seus colegas egípcios.

Para especialistas, explosão é a causa mais provável de queda de avião da EgyptAir

Agência O Globo

Especialistas em segurança e em aviação sugerem que a queda do avião da EgyptAir que voava de Paris para Cairo pode estar relacionada a uma explosão a bordo, possivelmente de uma bomba, informa o site britânico “Independent”.

Há informações contraditórias sobre se o avião enviou ou não sinal indicando pedido de socorro. O especialista em aviação Julian Bray disse que a falta de um alerta indica que a aeronave sofreu uma “falha catastrófica”, provavelmente como resultado de uma explosão.

“Teria que ser uma falha catastrófica porque tudo parou e eles não tiveram tempo de enviar uma mensagem”, observou. “Foi na parte mais profunda do Mediterrâneo.”

Will Geddes, diretor de segurança privada da International Corporate Protection, sugere cautela antes de falar em atentado somente porque o avião decolou de Paris, onde houve atentados recentes. Mas também não descarta um ataque, e diz que uma explosão não causa necessariamente a destruição completa do avião.

“Não precisaria ser um artefato grande para causar a despressurização da cabine.”

O piloto comercial Chris McGee disse à TV britânica que apenas duas circunstâncias que não permitem ao piloto contactar a torre de controle. “Uma é a intervenção humana, o que é algo muito, muito incomum. A outra é ter ocorrido algo na cabine e que tenham ficado tão ocupados, que tiveram que lidar primeiro com o que estava acontecendo. A primeira coisa que aprendemos é primeiro fazer o avião voar, lidar com o problema e então comunicar. Se está com as mãos ocupadas, possivelmente seria por isso que não teria contactado o controle de tráfego aéreo.”

  • Parentes de passageiros do voo da EgyptAir que desapareceu durante rota de Paris a Cairo. A lista de passageiros inclui 30 egípcios, 15 franceses , um britânico e um canadense.
  • Parente de passageiro do voo da EgyptAir que desapareceu durante rota de Paris a Cairo. Na foto, familiares de quem estava no avião estão sendo transportados para um ponto de encontro na capital egípcia.
  • Parentes de passageiros do voo da EgyptAir que desapareceu durante rota de Paris a Cairo. O avião sumiu durante a madrugada de quinta (19), enquanto sobrevoava o mar Mediterrâneo.
  • Ministro da avião do Egito, Sherif Fathy, fala durante coletiva de imprensa no aeroporto de Cairo. Fathy disse que não descarta ataque terrorista ou problemas técnicos na aeronave.
  • Ministro da avião do Egito, Sherif Fathy, fala durante coletiva de imprensa no aeroporto de Cairo. O Airbus A320 caiu 22.000 pés e desviou bruscamente duas vezes no espaço aéreo egípcio antes de desaparecer dos radares, disse o ministro da defesa grego Panos Kammenos em entrevista coletiva.
  • Ministro francês das relações exteriores, Jean-Marc Ayrault chega em hotel em Paris. O local é o ponto de encontro com os parentes dos passageiros desaparecidos do voo MS804.
  • Novas informações revelam que o voo sofreu uma queda no mar Mediterrâneo. O ponto exato seria ao sul da ilha grega de Karpathos. Quando ainda estava no espaço aéreo egípcio, o avião sumiu dos radares. Na foto, ministro francês das relações exteriores, Jean-Marc Ayrault chega em hotel em Paris para encontrar parentes dos passageiros.
  • Primeiro ministro francês, Manuel Valls deixa o palácio presidencial depois de reunião entre os ministros para discutir o desaparecimento do avião da EgyptAir.
  • Familiares de passageiros do voo MS804, que iria de Paris à Cairo, chegam à hotel perto do aeroporto Charles de Gaule, em Paris.
  • No aeroporto de Cairo, no Egito, parentes dos passageiros desaparecidos se confortam.
  • Familiares dos passageiros egípcios que se encontravam no voo MS804.
  • Ministro junior do transporte, economia marítima e pesca, Alain Vidales fala para a imprensa sobre a queda do avião da EgyptAir. A procuradoria da França informou que abriu uma investigação sobre o caso.
  • Ainda em Paris na manhã desta quinta (19), o ministro francês das relações exteriores, Jean-Marc Ayrault, fala para os jornalistas sobre a queda do avião. “Neste momento, precisamos dar prioridade à solidariedade às famílias” das vítimas, disse Hollande, no palácio Eliseu, em Paris.
  • Funcionário não identificado da EgyptAir fala para jornalistas no Aeroporto Charles de Gaule, nos arredores de Paris, França.
  • Parentes de passageiros do voo MS804, que desapareceu no mar Mediterrâneo. Das 66 pessoas à bordo, 10 eram tripulantes e 15 eram passageiros franceses.
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