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Embaixatriz da Suíça Livia Leu Agosti (direita) recebeu as mães dos americanos presos no Irã | Reuters
Embaixatriz da Suíça Livia Leu Agosti (direita) recebeu as mães dos americanos presos no Irã| Foto: Reuters

O ministro da Inteligência do Irã, Heydar Moslehi, disse nesta quarta-feira que três montanhistas norte-americanos, detidos no país há 10 meses, são espiões, apenas algumas horas antes das mães deles visitarem todos numa prisão em Teerã, informou a agência de notícias Isna.

"O Irã agiu de acordo com os ensinamentos islâmicos e de uma maneira humanitária", disse Moslehi, se referindo à decisão do país de conceder vistos para as mães dos três montanhistas irem ao país e visitarem o trio na prisão Evin de Teerã. O governo americano insiste que o trio é inocente e precisa ser libertado

"Apesar deles serem espiões e terem entrado ilegalmente no Irã, eles foram tratados de acordo com os ensinamentos religiosos e de uma maneira humanitária", disse Moslehi.

Em dezembro, o ministro do Exterior, Manouchehr Mottaki, disse que os três enfrentavam acusações de terem entrado ilegalmente no Irã.

As três mães, Nora Shourd, Cindy Hickey e Laura Fattal, chegaram a Teerã vindas de Dubai e após passarem pela imigração foram recebidas pelo Embaixador da Suíça no Irã, que representa os interesses locais dos norte-americanos.

"Nós estamos aqui para ver nossos filhos, que não vemos há mais de dez meses. Sentimos muitas saudades", disse Shourd. "Esperamos levar eles de volta".

O Irã acusou os três, Sarah Shourd, de 31 anos; o namorado dela, Shane Bauer, de 27 anos; e o amigo do casal, Josh Fattal, de 27 anos, de entrada ilegal no país, mas em abril Moslehi acusou o trio de espionagem. Os parentes dos três rejeitam as acusações de espionagem e afirmam que eles realizavam uma caminhada nas montanhas no Curdistão iraquiano quando entraram inadvertidamente em território iraniano. Os três foram detidos na província iraniana do Kordestan e levados a Teerã.

O advogado dos três americanos, Masoud Shafii, disse à AP que as mães tentam marcar reuniões com funcionários envolvidos com o caso, e principalmente com os principais líderes iranianos, incluído o presidente Mahmoud Ahmadinejad e o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que possui a palavra final sobre todos os assuntos no Irã.

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