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Os cinco ministros do conservador partido Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi, formalizaram nesta segunda-feira (30) sua renúncia "irrevogável" do Executivo de coalizão presidido pelo social-democrata Enrico Letta.

O anúncio da demissão foi feito no sábado (28) passado. O governo italiano informou nesta segunda, por meio de um comunicado, que recebeu o pedido de renúncia de Nunzia De Girolamo, Beatrice Lorenzin, Maurizio Lupi, Gaetano Quagliariello e Angelino Alfano (até agora vice-primeiro-ministro e titular da pasta do Interior).

Na sexta-feira, Letta disse que iria ao Parlamento para comprovar se o PDL seguia apoiando seu governo após o partido ameaçar sair da coalizão se Berlusconi perdesse sua cadeira no Senado em função de sua condenação por quatro anos de prisão por fraude fiscal.

Nunzia (ministra de Agricultura), Lorenzin (Saúde), Lupi (Infraestrutura e Transportes), Quagliariello (Reforma Institucional) e Alfano anunciaram sua renúncia no sábado depois que Berlusconi sugeriu que eles deixassem o governo, justificando a decisão pela não aprovação da alta do IVA no Conselho de Ministros de sexta-feira.

Apesar da formalização das demissões, Alfano, Lorenzin, Quagliariello e Lupi expressaram seu receio de que a ala mais radical do PDL tenha triunfado. Berlusconi anunciou recentemente que pretende relançar o partido com o nome da antiga Forza Itália.

Lorenzin e Quagliariello disseram que não farão parte da nova legenda, mas o distanciamento mais marcante é de Alfano, secretário político do PDL e considerado braço-direito de Berlusconi.

"Sou berlusconiano e leal. Mas a lealdade me impõe dizer que não podem prevalecer posições extremistas alheias a nossa história, a nossos valores e ao sentimento comum de nosso povo. Se prevalecem estas posturas, o sonho de uma nova Forza Itália não será realizado", escreveu o até agora vice-primeiro-ministro em sua conta no Facebook.

Letta comparecerá na quarta-feira no Parlamento para pedir um voto de confiança e comprovar assim se mantém o apoio parlamentar que originou o Executivo de coalizão no final de abril, formado após as divididas eleições de fevereiro.

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