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Clara Aguilera, ministra da agricultura e da pesca da região espanhola da Andaluzia, come pepino para mostrar que o vegetal não está contaminado pela bactéria "E. coli" | Reuters
Clara Aguilera, ministra da agricultura e da pesca da região espanhola da Andaluzia, come pepino para mostrar que o vegetal não está contaminado pela bactéria "E. coli"| Foto: Reuters

Ministros da Agricultura de países da União Europeia discutem acordos para lidar com o surto de bactéria Escherichia coli (E.coli), que já matou 12 pessoas na Alemanha e deixou centenas doentes. Suspeita-se que o problema tenha sido causado pelo consumo de pepinos contaminados provenientes da Espanha. "Um problema com os pepinos espanhóis e toda a Europa está tremendo" declarou a ministra belga Sabine Laruelle, nos bastidores de uma reunião informal realizada na cidade de Debrecen, no leste da Hungria.

O ministro da Agricultura da Dinamarca, Henk Bleker, disse hoje que entende "a atitude das autoridades alemãs", por terem recomendado que as pessoas evitem o consumo de vegetais crus, especialmente os provenientes do norte da Alemanha, onde os casos mais graves foram registrados. Por outro lado, observou que essa decisão provocou uma drástica queda na demanda por tais produtos, de modo que as exportações de vegetais da Dinamarca para a Alemanha - que geralmente somam US$ 14,2 milhões por semana - tenham "praticamente parado" desde ontem.

Embora a suspeita maior seja de que a origem do problema está na Espanha, Bleker admitiu que ainda não está claro onde o surto começou. Enquanto isso, a ministra espanhola Rosa Aguilar, que deveria chegar a Debrecen na noite de hoje (horário local), deve discutir a crise com representantes da Alemanha, segundo comunicado de seu escritório.

Enquanto aguarda resultados de análises, o comissário europeu de Agricultura, Dacian Ciolos, elogiou a eficiência dos alertas e do sistema de rastreamento que, segundo ele, permitiu uma rápida identificação do problema. Já a ministra finlandesa, Sirkka-Liisa Anttila, foi menos positiva. "A crise atual mostra que ainda há vácuos no sistema de verificação, porque um incidente como este nunca deveria ter acontecido", criticou.

Além das 12 mortes na Alemanha, centenas de outras pessoas estão internadas por suspeita de contaminação com a bactéria E.coli, considerada altamente perigosa. Já são 329 casos registrados na Alemanha, 30 na Suécia, 11 na Dinamarca, dois na Áustria, dois na Holanda e três no Reino Unido. As informações são da Dow Jones.

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