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O rei Felipe VI da Espanha e o presidente eleito do Peru, Pedro Castillo, em encontro na véspera da posse presidencial, 27 de julho
O rei Felipe VI da Espanha e o presidente eleito do Peru, Pedro Castillo, em encontro na véspera da posse presidencial, 27 de julho| Foto: EFE/ Casa Real/Francisco Gómez

A missão de especialistas eleitorais da União Europeia (UE) que esteve no Peru concluiu que as eleições deste ano no país foram "em geral, confiáveis e íntegras e em conformidade com os compromissos e obrigações nacionais e internacionais que regem os processos democráticos".

No relatório completo da delegação, publicado nesta terça-feira, um dia antes da posse do presidente eleito, Pedro Castillo, a UE destacou o trabalho e transparência dos órgãos eleitorais, diante das diversas denúncias de fraude feitas pela candidata derrotada Keiko Fujimori.

Para a missão da União Europeia, "o Júri Nacional de Eleições e o Escritório Nacional de Processos Eleitorais conduziram eleições bem organizadas, embora enfrentem acusações não comprovadas de falta de independência, campanhas de desprestígio sem precedentes e ataques aos respectivos presidentes que perturbaram o processo".

Além disso, o relatório destacou que a proclamação oficial de Castillo como presidente eleito foi atrasada devido a uma quantidade em número histórico de recursos de anulação dos votos, em grande parte feitos pela campanha de Fujimori, em regiões onde o adversário teve vitórias com grande vantagem.

A filha do ex-mandatário Alberto Fujimori entrou com mais de mil ações na justiça eleitoral, todas rechaçadas. A confirmação da apertada vitória de Castillo no pleito atrasou 43 dias, fazendo com que a transição de governo tenha durado pouco mais de uma semana.

"Foi abusado o direito ao recurso como estratégia para deslegitimar o processo eleitoral, enfraquecendo ao mesmo tempo a confiança dos cidadãos no Júri Nacional Eleitoral e nos resultados eleitorais", diz o relatório.

Sobre a campanha eleitoral, os especialistas da UE consideraram que houve uma "cobertura midiática desequilibrada" durante as semanas anteriores ao segundo turno. O relatório aponta que a maioria os veículos privados de comunicação se posicionou a favor de Keiko Fujimori, inclusive, sem separar informação de opinião.

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