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"A notícia da nacionalização do petróleo e do gás na Bolívia, com o aumento do preço do GNV, me deixou bastante preocupado. Evo Morales colocou a mão no meu bolso.

Eu fui um dos primeiros a confiar no sistema a gás e adaptar o meu carro para o GNV (gás natural veicular), em 2002. A partir disso, andando uma média diária de 150 quilômetros, economizo R$ 30 por dia. Voltar a usar a gasolina é muito fácil, basta apertar um botão, mas o prejuízo vai doer, o combustível será de novo responsável por um terço das minhas despesas, ao lado da manutenção do carro e dos gastos pessoais.

Votei no presidente Luís Inácio Lula da Silva e pretendo fazer de novo neste ano, se ele tentar se reeleger. Penso que é uma injustiça as notícias que o envolvem nos esquemas de corrupção. Mas espero dele uma atitude decisiva. O presidente Morales agiu de forma impensada, não podemos deixar que isso fique assim. Sou otimista e acredito que haverá alguma solução. A Bolívia não é um país rico, é um país pobre, só tem o petróleo, o gás natural e a cocaína. Se ela continuar com essa decisão, que é um roubo, ela está fechando as portas a quem compra seus produtos, o Brasil, os EUA, e vai morrer à míngua. Eu acho que eles vão voltar atrás para não perder consumidores.

Até agora, com R$ 1,30 é possível adquirir 1m3 de gás, o que permite andar10 quilômetros com o meu automóvel. Com R$ 1,70, necessário para 1 litro de álcool, 6 quilômetros, não está valendo a pena. Um litro de gasolina, mais caro, R$ 2,59, 9,5 quilômetros. É essa equação que todo motorista tem na cabeça agora."

César Bueno, taxista, 52 anos

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