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La Paz – O governo boliviano iniciou ontem a retirada das forças militares que ocupavam instalações petrolíferas no país desde 1.º de maio, quando o presidente, Evo Morales, anunciou o decreto de nacionalização do setor. Na avaliação do governo, não há mais riscos de interrupção das atividades pelas empresas, que agora começam a negociar com autoridades bolivianas as mudanças para o novo modelo. "Não podemos seguir com os soldados nos poços de petróleo", disse Morales no domingo em Potosí.

Segundo ele, o Exército terá outras missões a cumprir, à medida que o plano de desenvolvimento e defesa dos recursos naturais avance para outros segmentos. Morales disse que as prioridades do governo são o setor de mineração e a reforma agrária.

Cerca de 3,1 mil militares bolivianos ocupavam 56 instalações petrolíferas, entre refinarias, dutos e escritórios de empresas. As fortes imagens de militares ocupando bases de empresas privadas geraram irritação em todo o mundo, principalmente no Brasil e na Espanha – países responsáveis por grande parte do investimento no mercado boliviano de petróleo e gás. Na Bolívia, acredita-se que a visita do ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, no início da semana passada, tenha contribuído para a decisão de retirar as tropas.

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