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La Paz – O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem que convocará eleições gerais em 2008 uma vez que seja concluído o trabalho da Assembléia Constituinte no país, o que deve acontecer ainda neste ano. Nas eleições, seu próprio cargo deverá ser renovado.

Em um discurso pronunciado na localidade de Warnes, no departamento de Santa Cruz, Morales pediu à assembléia que termine seu trabalho para que 2008 tenha "uma nova eleição, para que haja um novo presidente". Caso se candidate novamente e vença, Morales poderá ter, na prática, um mandato alongado.

"Quero dizer que este ano tem que acabar", disse Morales, em referência à redação da nova Carta Magna boliviana, cujo prazo de um ano vencerá no dia 6 de agosto próximo.

A assembléia iniciou seus trabalhos em 6 de agosto de 2006 e há apenas um mês começou a discutir os assuntos que serão incluídos na nova Constituição.

Após a entrega do novo texto constitucional, em agosto, os bolivianos deverão ratificar a Carta Magna em um referendo que está previsto para ocorrer ainda em 2007.

Se for mesmo confirmada a Constituição, os líderes socialistas declararam que a nova carta incluirá mudanças na estrutura política, social e econômica do país, o que exigirá um chamado às urnas.

Neste cenário, a próxima eleição geral será realizada cerca de dois anos depois que Morales foi eleito, em dezembro de 2005, para um mandato de cinco anos.

O presidente não disse explicitamente que será novamente candidato à Presidência boliviana pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido que o elegeu em 2005 após formar uma ampla coalizão de sindicatos de trabalhadores, camponeses e indígenas.

"Este curto tempo deve ser aproveitado muito bem, com serviços ao povo, porque a política é uma ciência de servir ao povo e não de servir-se do povo", afirmou Morales.

O presidente completou o discurso afirmando que deseja "coordenar (seu trabalho) ao máximo com os prefeitos e governadores para servir melhor no "curto tempo" que passará no palácio de governo.

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