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La Paz (Reuters/EFE) – O futuro presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem que seu governo vai retomar um leilão suspenso do projeto de exploração de minério de ferro Mutún, na fronteira com o Brasil. O governo suspendeu o leilão, originalmente agendado para junho. "Esse processo deve continuar. Nós nunca pedimos o adiamento do leilão", afirmou Morales a repórteres depois de reunião com o atual presidente da Venezuela, Eduardo Rodríguez.

Existem diversas companhias interessadas em fazer ofertas pelo Mutún, incluindo a Companhia Vale do Rio Doce, a Sidersul, a Rio Tinto, o grupo argentino Techint, a empresa alemã Lurgi AG, a chinesa Shandong e a indiana Jindal Steel and Power (que está propondo investimento de 2,5 bilhões de dólares).

O projeto Mutún possui reservas de 40 bilhões de toneladas e requer investimento de 600 milhões de dólares para a primeira fase de investimentos, conforme informações prestadas pelo governo da Bolívia em maio.

Líderes regionais da província de Santa Cruz, onde fica a mina Mutún, acusavam Morales de pressionar o atual governo para suspender o projeto.

O adiamento por 60 dias da licitação da exploração da mina Mutún a uma entidade privada provocou mal-estar no Comitê Pró-Santa Cruz, que reúne as entidades mais fortes da região, e uma greve na província onde se encontra a jazida. Morales garantiu não ter feito nenhuma solicitação ao Executivo para paralisar a licitação, e acrescentou que dará prosseguimento ao processo.

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