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Um homem detido após jogar pedras contra uma carreata do presidente Joseph Kabila cometeu suicídio em sua cela, informou hoje o governo, em comunicado. Mas entidades de direitos humanos levantaram questões sobre a morte de Armand Tungulu, um cidadão congolês que morava na Bélgica.

Tungulu, que estava em visita ao Congo desde 29 de setembro, foi detido pelos guarda-costas de Kabila após ter lançado pedras contra uma carreata do presidente na última quarta-feira. Testemunhas disseram que os guardas espancaram Tungulu antes de detê-lo.

Um comunicado da procuradoria-geral congolesa diz que Tungulu se matou na noite da última sexta-feira com um pedaço de pano que ele usava como travesseiro. Grupos de direitos humanos, porém, dizem que este foi apenas mais um dos incidentes deste tipo contra oponentes do regime de Kabila.

Em junho, Floribert Chebeya Bahizire, presidente do Voix des Sans Voix (Voz dos que foram calados, em tradução livre), foi encontrado estrangulado no interior de seu carro na periferia de Kinshasa. Bahizire havia trabalhado para documentar os abusos aos direitos humanos no Congo e recebia várias ameaças de morte.

Outra ativista dos direitos humanos, Nicole Bondo Muaka, foi detida na semana passada, acusada de ter filmado a detenção de Tungulu, disse Rbert Ilunga Numbi, presidente da Organização Congolesa de Direitos Humanos. Numbi e outros ativistas pediram hoje a libertação de Muaka. "Não sabemos em que condições ela é mantida", disse Numbi. "Com o sistema de justiça daqui, é impossível saber", acrescentou.

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