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O suspeito de crimes de guerra nazistas mais buscados do mundo, o húngaro Sandor Kepiro, morreu neste sábado (3) aos 97 anos.

Este antigo capitão da polícia húngara, que figurava nas primeiras posições dos suspeitos do centro Simon Wiesenthal, que persegue criminosos nazistas, foi acusado de cumplicidade em crimes de guerra cometidos em janeiro de 1942 em Novi Sad, na Sérvia, com a execução de 36 sérvios e judeus.

Um tribunal de Budapeste absolveu no dia 18 de julho Kepiro destas acusações por falta de provas, embora o promotor tenha recorrido da sentença.

Finalmente, Kepiro faleceu em Budapeste neste sábado, informou sua família, citada pela agência de notícias MTI. Desde meados do mês passado ele se encontrava hospitalizado, e foi no local que soube de sua absolvição.

Em Belgrado, o promotor sérvio para crimes de guerra, Vladimir Vukcevik, mostrou-se neste sábado decepcionado pela morte de Kepiro "sem que tenha sido feita justiça com as vítimas" de Novi Sad. Sandor Kepiro era acusado de cumplicidade em crimes de guerra cometidos entre 21 e 23 de janeiro de 1942 em Novi Sad, território hoje sérvio e então anexado pela Hungria, aliada da Alemanha nazista.

No massacre morreram ao menos 1.200 civis, judeus e sérvios. O acusado, que se declarou inocente durante o julgamento, precisou responder pessoalmente pela morte de 36 pessoas, cuja execução teria ordenado, segundo a acusação.

No processo, alguns historiadores convocados na qualidade de especialistas destacaram que os documentos nos quais a promotoria se baseou estavam incompletos ou elaborados com base em traduções ruins.

Em 1944, Sandor Kepiro foi condenado a dez anos de prisão por um tribunal militar, mas as autoridades da época anularam a decisão. Em 1946, um tribunal do regime comunista o condenou à revelia a 14 anos de prisão.

Sandor Kepiro nunca cumpriu nenhuma pena, já que conseguiu fugir para a Argentina, onde permaneceu por mais de 50 anos, até voltar à Hungria em 1996.

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