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As mortes violentas de civis caíram pela metade em setembro no Iraque, segundo dados publicados na segunda-feira pelo governo, coincidindo com uma redução nas baixas militares dos Estados Unidos, atribuída ao reforço de contingente deste ano.

Informações dos Ministérios de Saúde, Interior e Defesa dão conta de 884 civis mortos em setembro, cifra mais baixa deste ano. Em agosto, haviam sido 1.773 vítimas fatais.

Em janeiro deste ano, o presidente dos EUA, George W. Bush, determinou o envio de 30 mil soldados adicionais como última tentativa de conter a violência na região de Bagdá e na província de Anbar.

Os números de civis feridos são semelhantes aos de mortos: queda de 1.559 em agosto para 850 em setembro.

Com a operação militar voltada principalmente contra militantes da Al Qaeda e milícias xiitas, Washington esperava dar ao governo iraquiano mais tempo para a busca da reconciliação entre suas facções.

A redução nas vítimas ocorreu apesar do alerta feito há mais de duas semanas pela Al Qaeda de que o grupo sunita pretendia ampliar seus ataques durante o mês sagrado islâmico do Ramadã, tendo como alvos principalmente os líderes tribais que passaram a cooperar com as forças oficiais.

Os militares dos EUA disseram no domingo que, embora a violência continue elevada, os ataques durante o Ramadã tiveram queda de 38 por cento em relação ao ano passado, o que o contra-almirante Mark Fox, porta-voz militar norte-americano, atribuiu em grande parte ao reforço de contingente e à nova estratégia de distribuir os soldados dos EUA em quartéis menores, onde convivem com as forças iraquianas.

Setembro foi o mês com menos mortes de militares dos EUA desde julho de 2006. De acordo com o site icasualties.org, que monitora esse dado, houve 62 baixas fatais no mês passado.

Washington também dá ênfase ao suposto sucesso de uma estratégia que permite que xeiques tribais sunitas de Anbar (oeste) formem polícias locais para expulsar a Al Qaeda de suas áreas.

Anbar já foi uma das províncias mais turbulentas do Iraque, mas agora está relativamente segura. Comandantes dos EUA tentam replicar esse modelo em outros lugares do Iraque, mas ainda não testaram a nova estratégia em grandes áreas urbanas.

Bush disse neste mês ao Congresso que os supostos êxitos na impopular guerra do Iraque devem levar à retirada de 20-30 mil soldados até julho de 2008.

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