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São Paulo – Centenas de milhares de pessoas marcharam ontem em diversas cidades argentinas em protesto contra a morte de um professor por policiais, na semana passada, durante manifestações por melhores salários. Mais de 180 atos, que praticamente paralisaram o país, estavam previstos para ontem em todo o território argentino.

Aos professores de escolas e universidades públicas, que suspenderam as aulas durante 24 horas, juntaram-se as centrais sindicais e outras categorias profissionais, incluindo funcionários dos transportes, que suspenderam as atividades dos ônibus, trens e metrôs durante três horas.

Os professores reivindicam ao menos a reposição das perdas com a inflação acumulada nos últimos anos – reivindicação comum a várias categorias do serviço público argentino. As centrais sindicais pedem um reajuste de 20% a 35%, devido à inflação acumulada de 22% nos últimos dois anos no país.

Na Província de Neuquén, no sul da Argentina, local onde o professor de química Carlos Fuentealba foi morto, cerca de 20 mil pessoas se reuniram para pedir a renúncia do governador, o conservador Jorge Sobisch, que também é candidato às eleições presidenciais de outubro por um partido regional.

Os manifestantes montaram acampamento em frente à sede do governo provincial "por tempo ilimitado, até que haja uma solução salarial e a renúncia de Sobisch’’, afirmaram ao jornal "Clarín’’ fontes sindicais. Os docentes também pintaram janelas e portas do edifício de preto, "em sinal de luto’’.

O professor morto foi atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo. Em todo o país, podiam ser vistos cartazes com dizeres como "Não se mancham de sangue os gizes’’, "Fora Sobisch’’ e "Nunca mais’’.

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