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Iraque e Irã pedem ações diplomáticas

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, concordaram que é necessário repelir as operações do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em seus respectivos países. Maliki e Ahmadinejad tiveram uma conversa por telefone, segundo um comunicado do escritório do chefe do governo iraquiano.

Os dois governantes afirmaram que têm a obrigação de conter as atividades do PKK, "porque prejudicam os interesses de Iraque, Irã e Turquia", embora tenham destacado que "a força militar não é a única opção para resolver a crise (iraquiano-turca), que dever ser solucionada pela via diplomática".

O exército turco prometeu uma resposta "que não se pode nem imaginar" aos ataques praticados pelos rebeldes curdos, em uma mensagem do chefe do Estado Maior divulgada ontem durante a festa que lembra a proclamação da República da Turquia, ocorrida em 29 de outubro de 1923.

Os turcos mataram ontem 15 rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), durante uma operação no leste do país, na província de Tunceli, segundo informações da emissora da CNN.

A operação, da qual participaram helicópteros, foi realizada em uma região montanhosa, próxima à cidade de Pulumur, cerca de 600 quilômetros ao norte da fronteira com o Iraque. Até a noite de ontem, não havia uma confirmação oficial do incidente.

"Aqueles que nos fazem sofrer, sofrerão com uma intensidade que não podem nem imaginar", declarou o general Yasar Buyukanit.

O exército de Ancara afirma ter matado mais de 60 rebeldes curdos depois do ataque lançado pelo PKK no dia 21 de outubro no qual morreram 12 soldados turcos. Outros oito militares são mantidos como prisioneiros pelo PKK.

Iraque

Para fazer jus às afirmações do general Yasar Buyukanit, a Turquia já concluiu os preparativos militares iniciados há um mês para uma possível incursão em massa no norte do Iraque, e desdobrou 150 mil militares no zona fronteiriça com o país vizinho. É onde fica localizada a região autônoma do Curdistão iraquiano, na qual os rebeldes do PKK possuem bases de refúgio usadas para organizar e lançar ataques.

As informações sobre o ataque foram dadas pela agência "Dogan", que cita fontes do alto comando militar, segundo as quais a maior parte das forças se concentra em torno do distrito de Cukurca, na província de Hakkari, a cinco quilômetros do território iraquiano.

O exército turco completou seu operacional com o transporte de helicópteros Cobra, Super Cobra e Sikorsky.

O objetivo da eventual operação além da fronteira – para a qual o Governo de Ancara obteve a autorização do Parlamento no dia 17 – é combater as bases do PKK.

No início da tarde de ontem, correu a notícia de que as forças armadas turcas teriam avançado vários quilômetros dentro do território iraquiano.

A informação foi confirmada depois pelo exército e indica que a incursão militar pode começar por Cukurca.

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