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Insurgente é visto por um buraco feito em uma parede em Aleppo, na Síria | Reuters/Molhem Barakat
Insurgente é visto por um buraco feito em uma parede em Aleppo, na Síria| Foto: Reuters/Molhem Barakat

O número de mortos na guerra civil na Síria subiu para pelo menos 125.835, dos quais mais de um terço é civil, mas a cifra real provavelmente é muito mais elevada, segundo informou nesta segunda-feira (2) o grupo de monitoramento oposicionista Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O grupo também fez um apelo ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a "todas as pessoas da comunidade internacional que tenham uma consciência" para que ampliem seus esforços para pôr fim a dois anos e meio de guerra.

O conflito começou com protestos pacíficos contra quatro décadas de governo da família do presidente Bashar al-Assad, porém, após uma feroz repressão das forças de segurança, se transformou em uma insurgência armada cuja dimensão sectária tem reflexos em todo o Oriente Médio

O Observatório, com sede na Grã-Bretanha, mas com uma rede de ativistas por toda a Síria, estima em 6.627 o número de crianças mortas até o momento na guerra. Segundo o grupo, morreram 27.746 rebeldes que lutam contra o regime de Assad, incluindo mais de 6.000 classificados como combatentes estrangeiros ou desconhecidos.

"O número provavelmente é muito maior, mas em muitas batalhas o número de rebeldes mortos é ocultado, especialmente pela Frente Nusra e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (organizações ligadas à Al Qaeda)", disse à Reuters o diretor do Observatório, Rami Abdelrahman.

Abdelrahman afirmou que o observatório registrou 50.430 mortes entre as Forças Armadas sírias e milícias que apoiam Assad, mas disse que o número real provavelmente também é maior.

Conflito sectário

"Há ao menos mais 40.000 combatentes mortos, mas eles não foram incluídos no balanço porque os casos não foram suficientemente documentados", disse Abdelrahman. Milícias xiitas e sunitas da região do Oriente Médio se uniram à luta, em lados opostos.

Muitos países muçulmanos sunitas apoiam os rebeldes, liderados por grupos provenientes da população sunita síria, majoritária no país. Estados muçulmanos xiitas apoiam Assad, que pertence à seita minoritária muçulmana alauíta, uma ramificação do islamismo xiita.

Além dos sírios, cerca de 500 militantes xiitas estrangeiros morreram em combates ao lado do Exército de Assad, segundo o Observatório. Aproximadamente metade desses era do poderoso grupo guerrilheiro libanês Hezbollah, cujo apoio militar a Assad vem ajudando suas forças a retomar o controle de territórios estratégicos no centro da Síria.

A ONU não divulga uma contagem regular de vítimas na Síria e há meses vem informando que mais de 100 mil pessoas já morreram no conflito.

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