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Os três focos de gripe aviária buscar detectados nas últimas 24 horas na região de Moscou espalharam o alarme e obrigaram as autoridades a fecharem neste sábado (17) o único mercado avícola da capital russa.

"Estão sendo tomadas todas as medidas para não permitir a propagação da epidemia da gripe aviária", afirmou hoje Alexei Panteleev, governador da região de Moscou, em entrevista às agências russas.

A decisão foi tomada após a confirmação de que as aves infectadas na região de Moscou pelo vírus H5N1, que pode ser letal aos homens, procediam do mesmo mercado, no distrito Sudeste da capital.

Três camponeses de bairros diferentes compraram, em meados de fevereiro, frangos e perus neste local. As aves morreram poucos dias depois, sem causa aparente.

"Veterinários estão conduzindo os trabalhos de desinfecção do local. Por enquanto, o vírus ainda não foi detectado", afirmou Victor Glinenko, chefe do Serviço de Controle Fitossanitário e Veterinário (SCFV) de Moscou.

O terceiro foco da infecção foi confirmado hoje em uma pequena granja na cidade de Podolsk - que está a apenas 25 quilômetros da capital -, onde 44 aves morreram por causa do H5N1.

Esta é a primeira vez que focos do vírus são detectados em Moscou desde o surgimento da doença na Rússia, em julho de 2005.

Veterinários e especialistas do Ministério da Saúde foram à região para aplicar medidas de desinfecção.

Na sexta-feira (16) à noite, as autoridades da área confirmaram os dois primeiros focos da epidemia em duas pequenas aldeias: Pavlovsk e Shijobo.

O SCFV anunciou nesse sábado uma quarentena de duas semanas ao redor dos locais afetados, onde mais de cem aves já foram sacrificadas.

Segundo Panteleev, a partir de segunda (19) todas as aves das granjas de Moscou, onde vivem mais de cinco milhões de pessoas, começarão a ser vacinadas.

"Todo o veículo que entrar ou sair de um perímetro de dez quilômetros em torno das regiões afetadas terá que se submeter à desinfecção", declarou.

Veterinários e médicos percorrerão todos as casas da região para atestarem o estado de saúde das pessoas e aves.

O Ministério da Agricultura criou uma linha telefônica especial para atender todos os que compraram aves vivas no mercado de Moscou após o dia primeiro de fevereiro.

Apesar de a capital russa possuir um grande número de granjas, as empresas do setor negam que exista a possibilidade de propagação da doença.

"Nossos empregados são proibidos de terem currais com aves de sua propriedade. O contato entre pássaros selvagens e nossas aves, principal forma de contágio, é impossível com nossas barreiras de desinfecção", afirmou Oxana Tarinina, porta-voz da granja Mosselprom.

Hoje, o chefe sanitário russo, Gennady Onishchenko, disse que funcionários de várias granjas hospitalizados com pneumonia estão "bem", descartando que tenham sido infectados pelo H5N1.

No início do ano, o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, havia feito um alerta para o funcionamento precário do sistema de prevenção à gripe aviária.

O último foco do vírus em território russo foi detectado em meados de janeiro na região de Krasnodar, perto do mar Negro.

As restingas e lagos que cercam os mares Negro e Cáspio são parada obrigatória para as aves migratórias que abandonam a Rússia e a Sibéria no começo do forte inverno com destino ao sul da Europa.

O primeiro caso de gripe aviária na Rússia foi observado em julho de 2005 na Sibéria. Três meses depois, a epidemia se propagou para a parte européia, onde atingiu a república de Calmúquia, banhada pelo mar Cáspio.

Posteriormente, na república russa do Daguestão (norte do Cáucaso) foram descobertas aves mortas pelo vírus da gripe aviária em sua forma H5N1.

Segundo as autoridades sanitárias, a gripe aviária que alcançou a Rússia passou pelo Cazaquistão e teve origem no noroeste da China.

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