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Foz do Iguaçu – Os muçulmanos celebraram ontem o fim do Ramad㠖 período de 30 dias no qual os seguidores do islamismo dedicam-se ainda mais às orações e ficam sem comer, fumar e manter relações sexuais entre a alvorada e o pôr-do-sol. Cerca de 2.500 integrantes da comunidade islâmica da fronteira Brasil–Paraguai se reuniram para a festa, chamada de Eid Al Fitr, na mesquita Omar Ibn Al-Khatab, em Foz do Iguaçu, oeste do Paraná.

Segundo o presidente do Centro Cultural Beneficente Islâmico de Foz do Iguaçu, Zaki Moussa, pelo menos 90% dos mulçumanos de Foz e de Cidade do Leste (Paraguai) aderiram ao jejum. A colônia árabe da fronteira reúne 12 mil imigrantes e descentes, a maioria segue a religião mulçumana. A comunidade islâmica da região é considerada a maior do Brasil, atrás apenas da de São Paulo.

Adesão

Moussa diz que neste ano o número de mulçumanos que participou dos encontros para as orações diárias do Ramadã foi maior em razão da guerra no Líbano. "As pessoas sentiram necessidade de estarem mais próximas uma das outras para diminuir a dor da guerra", diz.

O costume de jejuar passa de geração a geração. As adolescentes Lamis Wansa e Fátima Baalbaki, de 14 anos; e Mariam Melhem e Amani Nassar, de 13, dizem ter aproveitado a experiência para aprender a controlar a impulsividade. O jejum é obrigatório para todos os que chegam à puberdade.

Em Foz, alguns fiéis chegaram para as primeiras orações do Eid Al Fitr por volta das 4 horas. Ao término do sermão, os mulçumanos participaram de um banquete de confraternização com iguarias brasileiras e árabes. Um grupo de cristãos também participou da cerimônia.

Segundo os muçulmanos da região, o ramadã, iniciado no dia 23 de setembro, foi uma jornada de orações e de reflexão para a purificação da alma e a aproximação da comunidade com os que têm fome. O ramadã é o nono dos 12 meses do calendário mulçumano. Segundo a tradição islâmica, foi durante esse período que Deus revelou a Maomé os ensinamentos contidos no livro sagrado do Corão.

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