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José Mujica negou que tenha exigido a libertação de três agentes cubanos ao aceitar o pedido dos Estados Unidos para acolher cinco presos da base norte-americana de Guantánamo (Cuba) no Uruguai.

"A decisão já estava tomada e sem nenhuma condição, mas em algum momento pudemos dizer ao governo americano: 'Por favor, melhorem a relação com Cuba e se lembrem das pessoas de lá que estão presas'", afirmou nesta segunda-feira (24) o presidente uruguaio em entrevista à rádio El Espectador. "Não quer dizer que vamos conseguir, mas que não nos calamos."

Domingo (23), a embaixadora dos Estados Unidos no Uruguai, Julissa Reynoso, negou que houvesse qualquer condição imposta aos EUA, já que trata-se de "um ato humanitário".

Na sexta-feira (21), Mujica havia declarado em sua coluna que a decisão de aceitar os refugiados não havia sido tomada por "dinheiro" ou "conveniência", mas que isso não lhe impedia de pedir em troca a libertação dos cubanos.

Segundo o mandatário, quatro sírios e um palestino foram escolhidos para desembarcar no Uruguai. Mujica disse ter sido procurado por empresários que já se ofereceram para dar emprego e moradia aos refugiados.

Reunião com Obama

Mujica também contou que o presidente norte-americano, Barack Obama, já marcou uma data para que os dois se reúnam e conversem sobre a decisão do Uruguai de acolher os presos de Guantánamo.

Mas o uruguaio afirmou que tem "80% de chance" de não ir ao encontro com o colega norte-americano.

Como o Uruguai está em ano de eleições presidenciais, Mujica teme que a conversa com Obama possa ser usada na campanha. "É provável que não seja conveniente eu ir", declarou o mandatário à rádio El Espectador.

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