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A mulher e a filha mais velha de Saddam Hussein constam da nova lista de procurados pelo governo iraquiano, divulgada neste domingo. Sajida Tulfah e Raghd Hussein aparecem ao lado de outros suspeitos de estarem envolvidos com a atual onda de violência no Iraque, como o novo líder da al Qaeda no país, Abu Ayyub al-Masri, e o vice-presidente do Conselho de Comando Revolucionário, Izzat Ibrahim al-Douri, por quem foi oferecida uma recompensa de US$ 10 milhões.

O anúncio foi feito um dia depois da explosão de uma carro-bomba em um mercado de Bagdá que deixou 62 mortos e mais de cem feridos, e da divulgação de uma gravação atribuída a Osama bin Laden contendo ameaças aos xiitas iraquianos, que lideram o governo de unidade formado há seis semanas.

Segundo o conselheiro de segurança nacional d Iraque, Mowaffaq al-Rubaie, os parentes de Saddam são acusados de usar milhões roubados para financiar grupos rebeldes do partido Baath.

- A Interpol e todos os Estados foram informados desta lista de pessoas que estamos procurando por seu envolvimento em ações de bombardeio, assassinatos indiscriminados e de iraquianos como parte de um plano para provocar uma guerra civil no país - disse.

A filha mais velha de Saddam, teve um importante papel na organização da defesa de seu pai durante o tribunal de crimes contra a humanidade em Bagdá. Raghd, que tem cerca de 40 anos, vive exilada na Jordânia, junto de sua irmã Rana e seus filhos.

Os maridos de Raghd e Rana, que eram irmãos e parentes de Saddam, foram mortos por companheiros ao retornarem ao Iraque em 1996, após desertarem e traírem Saddam.

Os ex-altos cargos de Saddam que aparecem na nova lista são o meio-irmão do ditador, Omar Sabawi Ibrahim al Hassan, o ex-chefe dos serviços secretos, Taha Khalil al Habush, além de vários sunitas, xiitas e turcomanos que colaboraram com o regime em postos de responsabilidade.

Muitos dos citados na lista vivem em países árabes como Jordânia, Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar, e é pouco provável que os Governos dos países os entreguem, já que gozam de uma condição de hóspedes privilegiados.

A publicação da lista coincide com uma viagem do primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, por vários destes países - ele está na Arábia Saudita e planeja viajar para os Emirados Árabes e Kuwait -, onde poderia pedir a colaboração destes países para deter estas pessoas.

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