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 | Ana Clara Garmendia
| Foto: Ana Clara Garmendia

Rotterdam, Holanda - Mulheres idosas podem re­­clamar de insônia, mas elas realmente conseguem dormir mais que os homens da mesma idade. Essa é a surpreendente descoberta de um estudo holandês que utilizou monitores e diários de sono para avaliar os padrões de sono de quase mil homens e mulheres, com idades en­­tre 59 e 97 anos, durante seis dias. Os pesquisadores descobriram que as mulheres dormem, em média, um quar­­to de hora a mais que os homens.

Mesmo assim, quan­­do questionados a respeito da qualidade de seu sono, as mulheres eram mais inclinadas a responder negativamente. "O que descobrimos é que os homens relatam exageradamente em relação ao seu sono – eles têm uma forte tendência a fazê-lo soar melhor do que realmente foi", disse Henning Tiemeier, professor associado de epidemiologia psiquiátrica do Centro de Medicina Erasmus, em Rotterdam, e principal autor do estudo, publicado na edição de 1.º de outubro do jornal Sleep. Na verdade, os homens não dormem tão bem quanto as mulheres, segundo descobriu o estudo. Eles relataram dormir sete horas por noite, mas medições objetivas, incluindo um monitor no pulso capaz de calcular o tempo de sono, in­­dicaram menos de seis horas e meia. Seu sono era também mais fragmentado, possivelmente por beberem mais ál­­cool que as mulheres.Em­­bo­­ra as mulheres re­­latassem mais problemas durante o sono, seus relatos eram mais precisos, disse Tiemeier. Se­­riam os homens simplesmente distraídos? "Alguém poderia dizer que o homem tem esse dom de ser mais otimista, que é uma tendência natural", responde Tiemeier.

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Salto alto e sapato apertado na juventude levam a dor na velhice

Algumas mulheres amam tanto seus sapatos que chega a doer. Essa é a conclusão de um novo estudo que examina a ligação en­­tre sapatos e dores no pé. Ele foi baseado em perguntas feitas a 3.378 homens e mulheres de Fra­­mingham, Massachusetts (EUA), sobre seus sapatos no passado e no presente. A média de idade era de 66 anos.

Os pesquisadores descobriram que as mulheres que usaram principalmente calçados confortáveis, como tênis ou sa­­patos esportivos, em sua juventude, reduziram seu risco de do­­res nos pés posteriormente em mais da metade, em comparação com as mulheres que usaram sapatos medianamente confortáveis, como os de sola dura ou sola de borracha.

Esses dois grupos, entretanto, estavam na minoria. Mais de 60% disseram ter usado, no passado, saltos altos, sandálias e chinelos, todos os que foram avaliados como de alto risco pelos pesquisadores. As mulheres que usaram essas variações estavam entre aqueles com os maiores riscos de dores na parte de trás do pé, no tornozelo e no tendão de Aquiles.

O estudo, patrocinado pe­­lo Institute for Aging Research of Hebrew SeniorLife, em Boston, foi divulgado na edição de outubro do jornal Ar­­thritis Care & Research.

"Acho que as mulheres real­­mente precisam prestar atenção em como um sapato veste, e perceber que aquele produto comprado pode ter potenciais efeitos em seus pés para o resto de sua vida", disse a principal autora do artigo, Alyssa B. Du­­four, estudante de doutorado em bioestatística da Universidade de Boston. "É importante prestar atenção no tamanho e na largura, e não simplesmente comprá-lo porque é bonitinho."

Os homens fazem escolhas muito melhores, segundo o estudo; menos de 2% usavam sapatos ruins para seus pés.

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